Casa Comics fecha as portas após cinco meses de shows em Palmas

Grandes nomes da música e do humor passaram nesses poucos meses de funcionamento da casa; em entrevista, Paulo Vieira fala da experiência vivida.

Crédito: Arquivo/Assessoria

O intuito era entreter e valorizar a cultura local, mas o Comics, casa de shows recém-inaugurada em Palmas, fechará as portas em menos de cinco meses. O empreendimento do ator Paulo Vieira, 30 anos, inaugurado em sua terra natal em fevereiro deste ano, não durou muito tempo e foram investidos mais de 4 milhões de reais no local. Com mais de mil metros quadrados distribuídos em dois andares, o espaço tinha capacidade para 1.600 pessoas.


O apresentador de vários quadros da Rede Globo, na época, disse que a ideia inicial era uma casa pequena para espetáculos locais e que o Comics entraria para o rol das maiores casas de cultura da região Norte do país. Em entrevista a um portal de notícias na época do lançamento, Paulo Vieira destacou que sempre pensou em ter uma casa de shows. “Assim que eu puder, tiver condições de bancar um negócio desse porte, eu quero fazer”, disse o ator.

 

Grandes nomes da música e do humor passaram nesses poucos meses de funcionamento da casa, como Tulipa Ruiz, Tati Quebra Barraco, Ariana Nutt, Ane Freitas, Renata Said, Fábio Gueré, Igor Guimarães, dentre outros. O último evento previsto da casa, com o apresentador e também humorista Fábio Porchat, foi cancelado e o dinheiro ressarcido ao público.

 

Em entrevista exclusiva ao T1 Notícias, Paulo Vieira disse que estava avaliando se continuaria ou não com as atividades. O comediante ressaltou que a proposta do lugar era conjugar shows de comédia, musicais com bar e restaurante de alto nível, mas que não encontrou público suficiente para sustentar a operação da casa. O ator disse ainda que depois de cinco meses, a Casa deixa um legado de coragem, empreendedorismo e paixão pela cidade.

 

Em algumas palavras, Paulo expressou o sentimento pelo encerramento do Comics. “A experiência vivida com o Comics Pub foi marcante para mim, minha família e tenho certeza que também para Palmas. Um sonho de infância de ter um espaço confortável e plural onde artistas pudessem se expressar de maneira profissional e que não apenas gerasse lucro, mas também formasse plateia e fizesse parte da evolução cultural e social de uma cidade. Infelizmente, esse sonho não foi adiante, embora não tenha faltado investimentos e vontade de realizá-lo. Talvez não fosse o momento certo para aplicar esta fórmula numa cidade ainda em formação, com escala de público consumidor destes produtos ainda pequena. O certo é que não faltou empenho. Meus agradecimentos aos amigos que acreditaram. Vida que segue, sem perder a alegria. Valeu Palmas”, finaliza Paulo Vieira.

 

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