Os números da dengue também apresentaram redução na Capital tocantinense. De acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), o número de casos notificados suspeitos de dengue em Palmas teve uma redução de 34,7%, num comparativo entre o primeiro bimestre de 2013 quando foram registrados 2.100 casos, contra 1.371 casos em igual período de 2014. Num comparativo com o primeiro bimestre de 2012, a redução foi de 53,3% uma vez que há dois anos foram registrados 2.936 casos.
Os números também mostram que em janeiro de 2013 houve 873 notificações e em janeiro de 2014 esse número chegou a 686, o equivalente a uma queda de 21,5%. Num comparativo entre os meses de fevereiro de 2013 e 2014, a queda foi de 44,2%, sendo 1.227 em fevereiro de 2013 contra 685 em igual período deste ano.
Quanto aos casos confirmados a redução foi de 79,4% em relação ao primeiro bimestre de 2013 (795 confirmações) com o mesmo período de 2014 (163 confirmações), mas se comparado a igual período de 2012, a queda foi de 90%, uma vez que foram confirmados 1227 casos de dengue.
Queda que prevalece se a análise for feita mês a mês. Em janeiro de 2012 houve confirmação de 646 casos, em janeiro de 2013 foram 293 e em janeiro de 2014, 132 confirmações. Em fevereiro de 2012, foram 1.029; em fevereiro de 2013, um total de 202 confirmações; e em fevereiro de 2014, 31 casos confirmados. Mas, de acordo com o diretor de Vigilância em Saúde da Semus, Whisllay Bastos, outros 590 casos suspeitos registrados em fevereiro de 2014 estão sob investigação.
A redução do número de casos graves foi de 84%, uma vez que em 2013 foram registrados seis casos graves e, em 2014, apenas um até o momento. Um óbito foi registrado em 2013, já em 2014 não houve nenhuma morte em decorrência da doença.
Regiões
De acordo com a Semus, a Região Sul da Capital é a que mais apresenta casos da doença com um total de 800 casos em 2014 (janeiro e fevereiro), com uma incidência maior nos Aurenys que somam 626 casos. Na sequência, vem as regiões Central e Norte com 256 cada; zona rural com 34; e Taquaruçu com nove. O setor com mais casos é o Aureny III com 161 casos em 2014, e com menos casos, a Quadra 210 Sul com oito no total.
“A carga de Aedes aegypti em Palmas é muito grande. Sinaliza sim para um alerta, mas são dois anos consecutivos reduzindo os casos, porque priorizamos as áreas com um histórico elevado de dengue, realizamos mutirões com agentes comunitários de Saúde, de endemias e de segmentos da sociedade. Mas ainda precisamos do envolvimento de todos no combate à dengue”, ressalta.
Infestação
Com base nos dados do Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) divulgados na última terça-feira, 18, pelo Ministério da Saúde, Palmas está em situação de risco uma vez que apresenta um índice de infestação de 6,8%. Entre as capitais brasileiras é a segunda no ranking atrás apenas de Cuiabá (8,3%) e seguida por Porto Velho (4,8%) e Belém (4,2%). Vale ressaltar que o índice satisfatório é de até 1%, o de alerta é de 1% até 3,9%, e a partir de 4% é considerado de risco.
Entre os municípios tocantinenses, Palmas é o terceiro dos sete classificados como em situação de risco: Araguaína (8,5%), Taguatinga (7,4%), Palmas (6,8%), Formoso do Araguaia (5,9%), Wanderlândia (4,6%), Guaraí (4,5%) e Axixá do Tocantins (4,2%).
De acordo com Bastos, a Capital adotou as seguintes estratégias: Estudo retrospectivo para identificação de Áreas Prioritárias; Foco no Foco: Mutirões de limpeza nas Áreas prioritárias; Roçagem de Terrenos baldios, áreas verdes; Mobilização social; Avaliação semanal das estratégias em curso; e Aplicação de UBV (Ultra Baixo Volume, uma bomba motorizada portátil que pode ser manuseada por apenas uma pessoa) nas áreas com alto risco.
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