Palmas reduziu em 51,9% o número de casos de Dengue de janeiro a outubro de 2014 se comparado com o mesmo período de 2013. Os dados foram apresentados pela Diretoria de Vigilância e Saúde da Secretaria Municipal de Saúde durante reunião do Comitê Municipal de Mobilização Social Contra a Dengue realizada nesta terça-feira, 14. Chuvas, residências fechadas e ações preventivas em áreas comerciais foram os pontos chaves discutidos pelos integrantes do Comitê.
De acordo com Relatório do Monitoramento Semanal, onde constam informações de 40 semanas de acompanhamento das equipes da Semus, 3.620 casos foram notificados em 2014 contra 7.533 casos no mesmo período de 2013. “Houve uma redução de 51,9% o que nos anima e traz energia nova para todos os órgãos que atuam de forma integrada na luta contra a dengue”, afirmou Vandecleia da Silva, técnica da Diretoria de Vigilância em Saúde da Semus.
O Relatório traz ainda as regiões onde há maior número de casos notificados. O Jardim Aureny III apresentou 385 casos seguido pelos Jardins Aureny II e IV, com 221 e 205 respectivamente. “Vamos intensificar as ações nestas áreas e buscar parceiros no trabalho de conscientização. Para isso contamos com os membros do Comitê”, informou o biólogo do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Ronaldo de Oliveira.
Vários integrantes da equipe do CCZ, dentre eles agentes de combate à dengue, participaram da reunião e relataram os principais fatores que dificultam as ações de combate ao mosquito vetor da doença. “As chuvas são um elemento natural que incide no aumento da proliferação dos mosquitos, porém há os casos de residências fechadas, onde não sabemos se há criadouros e percebemos também que é necessário intensificar ações nas áreas comerciais”, informou Ronaldo de Oliveira.
Participaram da reunião representantes do Exército Brasileiro, Secretaria Estadual de Saúde, Defesa Civil de Palmas e órgãos municipais.
Febre da Chikungunya
Também durante a reunião, a chefe da Divisão de Doenças Transmissíveis, Lusy Almeida, falou aos presentes sobre a Febre da Chikungunya e as medidas a serem adotadas pelos municípios brasileiros no combate a esta nova endemia.
“Estamos diante de uma doença bem parecida com a dengue, que também é transmitida por mosquito, porém com uma capacidade maior de infestação após a confirmação do primeiro caso”, explicou a técnica.
Lusy Almeida explicou como se dá a transmissão, falou dos sintomas e ressaltou a importância de se anteceder aos fatos e agir antes mesmo que o primeiro caso seja notificado em Palmas. “Aqueles que já atuam contra a dengue devem intensificar as ações para manter o Plano de Controle da Dengue e bloquear quaisquer casos suspeitos de Chinkungunya”, frisou.
O que é:
A Chinkungunya é transmitida pela picada de mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus contaminados, que se proliferam em água parada. Em torno de sete dias após picar uma pessoa contaminada, os mosquitos podem transportar e transmitir o vírus durante toda a vida.
O Ministério da Saúde já registrou 211 casos de febre chikungunya no Brasil, sendo 74 confirmados por critério laboratorial e 137 por critério clínico-epidemiológico.
Os sintomas são muito variados e semelhantes aos da dengue. A grande diferença está nas dores musculares e articulares, semelhantes às da artrite, bastante severas e que podem durar semanas ou até meses.
Conforme o Ministério da Saúde, a taxa de mortalidade é muito baixa e não alcança 1% dos infectados. Casos de óbito normalmente ocorrem em pessoas cuja imunidade já está muito debilitada devido a outras complicações.
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