O céu de Palmas ganhou nos últimos dias um aspecto "nublado". Diferente das expectativas dos palmenses, o tempo não quer dizer chuva, mas sim, fumaça. Foi o que confirmou o metereologista do Núcleo Estadual de Meteorologia e Recursos Hídricos (Nemet/RH) da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), José Luiz Cabral.
De acordo com Cabral, a ausência dos ventos fortes fez com que essa fumaça se concentrasse na cidade e formasse essa espécie de nuvem. Ainda segundo o metereologista, essa nuvem traz consigo algumas preocupações como a baixa visibilidade, que pode atrapalhar as operações aéreas e o desconforto térmico.
"A combinação de fatores como o calor dos últimos dias, os baixos índices de umidade e as queimadas, contribuem para desconforto térmico e até problemas respiratórios, olhos vermelhos e a sensação de cansaço" confirmou.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre janeiro e agosto deste ano, as queimadas aumentaram 83% em relação ao mesmo período do ano passado — o que representa o maior número registrado nos últimos sete anos, com 72.843 pontos de incêndios.
Os dados mostram, ainda, que o Tocantins ocupa hoje o 4º lugar no ranking de estados em números de queimadas. São cerca de 5.751 focos, ficando atrás apenas do Amazonas com 7.003, Pará com 9.478 e Mato Grosso com 13.682.
Autorização para queimadas suspensas
Desde julho, a Portaria 180/2019, emitida pelo Naturatins e publicada no Diário Oficial do Estado (DOE), de 1º julho, suspendeu a emissão e a vigência das Autorizações Ambientais de Queima Controlada em todo o território do estado. A suspensão é motivada pelo período de estiagem para evitar que o fogo se propague causando incêncios florestais. A Portaira fica em vigor até o dia 20 de novembro próximo.
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