O Hospital Santa Thereza enviou nota à imprensa na noite nesta quarta-feira, 21, em que se manifesta sobre o áudio vazado no final de semana que cita o administrador do hospital Dr. Luiz Teixeira, em possível caso de recebimento de propina envolvendo o Plansaúde. O Hospital classificou as acusações como inverídicas (falsas), irresponsáveis e criminosas.
Em um trecho da nota, o Hospital questiona a intenção do Dr. Luciano Castro e relaciona com a possibilidade de levantamento de votos, já que o médico do Hospital Oswaldo Cruz chegou a se candidatar para cargo público. "Qual seria a intenção deste doutor? Seria isso para amealhar meia dúzia de votos, já que nas urnas demonstrou ser um político perdedor? Ou seria por que o Hospital Santa Thereza é um concorrente direto ao Hospital em que o mesmo trabalha e pode ser um dos proprietários?" diz.
A nota aponta ainda que espera "ansiosa" por manifestação pública do Hospital Oswaldo Cruz em relação a conduta do médico Luciano Castro e que tomará todas as ações cíveis e criminais cabíveis para a devida responsabilização dos autores do referido áudio.
O hospital também não deixou de mencionar que anteriormente já foi acusado de um crime que não cometeu. A instituição chegou a ser citada na Operação Marcapasso, da Polícia Federal, que durou entre 2017 e 2019. A PF concluiu o inquérito da operação e emitiu o Relatório Final, não indiciando nenhum dos sócios ou funcionários do Hospital Santa Thereza.
Sobre a saída do Hospital Oswaldo Cruz da rede de credenciados do Plansaúde, o Santa Thereza afirma que foi voluntária e não se deu em decorrência do desvio do fluxo de pacientes para o Hospital Santa Thereza e Medstation, conforme afirma o Dr. Luciano Castro em seu áudio. "O referido desligamento ocorreu de forma unilateral, espontânea e sem prévia comunicação oficial conforme noticiou o Plansaúde" menciona a nota.
Confira a nota na íntegra aqui.
Investigações
O Ministério Público do Tocantins (MPE-TO) informou nesta quarta-feira, 21, que a Procuradoria-Geral de Justiça instaurou procedimento para investigar possíveis irregularidades na gestão do Plano de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Estado do Tocantins (Plansaúde), relatadas em áudios que se tornaram públicos do último final de semana.
Quem também se manifestou nesta quarta-feira, foi o Tribunal de Contas do Estado (TCE). A Quinta Relatoria do órgão abriu processo na terça-feira, 20, para apurar possíveis irregularidades na gestão e aplicação dos recursos públicos do Fundo de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Tocantins (Funsaúde), destinado ao Plano.
Na Assembleia Legislativa, os deputados também apresentaram requerimento em que solicitam a presença de Secretários de Estado e do Diretor do Plansaúde para falarem sobre o funcionamento do plano e dar explicações sobre o conteúdo das mensagens.
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