Após reunião realizada na tarde desta terça-feira, 20, comerciantes do centro de Palmas e 28 representantes de entidades ligadas à indústria e comércio decidiram fechar as portas de estabelecimentos na Capital a partir das 15h desta quarta-feira, 21, e promover uma marcha em direção à Assembleia Legislativa.
De acordo com o comerciante Felipe Morais, o motivo da manifestação é o pedido de revogação do pacote de medida do governo do Estado, aprovado pelos deputados, que aumentou a taxa tributária.
O protesto será realizado nas principais cidades tocantinenses. Segundo informações da Associação Comercial e Industrial de Araguaína (Aciara), no movimento “Não Mais Impostos” a ideia é fechar as portas do comércio para mostrar ao poder público os riscos de sobrecarregar o setor produtivo tocantinense. Em Araguaína, os simpatizantes do movimento também saem em passeata, partindo da Praça das Bandeiras e percorrendo toda a extensão da Avenida Cônego João Lima, na contramão, até a Praça do Galo.
Para o presidente da Aciara, Manoel de Assis Silva, é inadmissível que o Governo queira equilibrar as contas públicas jogando o ônus para o contribuinte. “Não estamos vendo ações efetivas de contenção de gastos por parte do poder público como um todo. Já sofremos com os recentes aumentos federais e o retorno da complementação de alíquota. Eles estão simplesmente minando nossa capacidade produtiva e de concorrência”, disse Manoel.
O movimento “Não Mais Impostos” também entregará ao governo do Estado um documento contendo duas reivindicações principais: a total revogação do pacote de aumentos de tributos e a volta do funcionamento do portal da transparência.
Manifestação nos Jogos Mundiais Indígenas
Como forma de chamar a atenção da gestão de Palmas, os comerciantes da Avenida JK e das quadras 104 Sul e Norte fecharão a avenida na manhã de sexta-feira, 23, caso não sejam recebidos para uma conversa com o prefeito Carlos Amastha. “Não somos contra o estacionamento rotativo, mas não aceitamos como está sendo feito e queremos que o prefeito ouça nossas reivindicações. Caso ele não nos receba, vamos fechar as portas na sexta pela manhã e à tarde iremos para a Vila dos Jogos Indígenas manifestar na frente da imprensa internacional”, disse Felipe Morais.
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