Composta em mais de 70% de áreas indígenas, Tocantínia terá regularização fundiária

Programa do Tribunal de Justiça visa prevenir conflitos fundiários não judicializados e promover a regularização de áreas urbanas no Estado.

Prefeito Manoel Silvino e presidente do TJ, Helvécio de Brito.
Descrição: Prefeito Manoel Silvino e presidente do TJ, Helvécio de Brito. Crédito: Fotos Ascpom TJTO

O presidente do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJ-TO), Helvécio de Brito Maia Neto, assinou na tarde desta quinta-feira, 29, um Termo de Cooperação que visa à regularização fundiária urbana no município de Tocantínia.  

 

Para ele, este projeto tem o potencial de transformar o status jurídico do município de Tocantínia, uma vez que os posseiros se tornarão proprietários, os cidadãos serão emancipados e segurados juridicamente.

 

Com o objetivo de prevenir conflitos fundiários não judicializados e promover a regularização de áreas urbanas no Estado, a formalização do termo prevê que o Poder Judiciário do Tocantins ofereça apoio técnico, jurídico e administrativo entre os cooperados, que serão monitorados e acompanhados pela Corregedoria Geral da Justiça.

 

“Tivemos o privilégio de realizar essa audiência com o presidente do Tribunal, doutor Helvécio, onde demos um passo muito grande para a regularização fundiária do município de Tocantínia, uma cidade onde tudo ainda está por ser feito. Com certeza, com esse apoio e contribuição, teremos em breve uma cidade regularizada, onde cada cidadão poderá ser o verdadeiro dono da sua propriedade”, comemorou o prefeito da cidade, Manoel Silvino.

 

“Também discutimos com o presidente a questão da desinstalação da Comarca, mas, diante suas explicações, entendemos e esperamos que em breve nós possamos estar enquadrados dentro daquilo que possa nos permitir o retorno da Comarca”, ressaltou o prefeito.

 

Reservas indígenas

 

A meta é que todos possuam os documentos que comprovem definitivamente a posse dos terrenos. De acordo com o juiz auxiliar da Presidência do TJTO e coordenador do Núcleo de Prevenção e Regularização Fundiária (Nupref), Océlio Nobre, mais de 70% do território do município é composto de reservas indígenas, e todo o restante da população vive em ocupações irregulares e assentamentos.

 

 

 

 

“O município tem uma importância singular dentro do projeto de regularização fundiária no Estado do Tocantins. O termo busca transformar o cenário jurídico e dar cidadania à população. Elogiamos e agradecemos o empenho da gestão por buscar essas melhorias”, ressaltou o magistrado.

 

Nupref

 

Instituído pelo Provimento nº 5, da Corregedoria Geral da Justiça, o Nupref foi criado em consonância com a Lei 13.465/2017, que dispõe sobre a regularização fundiária rural e urbana no âmbito da Amazônia Legal, e com o estabelecido na Meta 18 da Corregedoria Nacional de Justiça, que determina o cancelamento dos registros e matrículas de imóveis rurais nos termos da Lei nº 6.739/1979. A intenção é agilizar o processo de regularização fundiária no estado e evitar novas demandas judiciais relacionadas ao tema. 

 

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