Após o anúncio do Governo Federal da concessão do trecho sul da Ferrovia Norte Sul, que ligará Porto Nacional a cidade de Estrela D'Oeste, no Estado de São Paulo, o prefeito do município tocantinense declarou em entrevista exclusiva ao Portal T1 Notícias nesta quinta-feira, 24, que o efetivo funcionamento da ferrovia ligando o norte ao sudeste do país trará desenvolvimento para o Tocantins, mas é preciso discutir o preço do frete para que haja maior deságio entre o valor pago no transporte ferroviário e o rodoviário.
"Nós vemos com muito bons olhos essa iniciativa do Governo Federal. A partir do momento em que houver a concessão do tramo sul da Ferrovia Norte Sul, a gente terá o efetivo funcionamento dessa ferrovia, que passará a funcionar em sua plenitude e isso para nos é importante", destaca.
Atualmente, a Ferrovia Norte Sul funciona de Porto Nacional ao Porto de Itaqui, no litoral Maranhense, em São Luís. "Mas todo o tramo sul está parado, sem funcionamento ainda, o que leva justamente até Estrela D'Oeste (SP) e com essa oportunidade de fazer a concessão do tramo sul da ferrovia, tem-se a oportunidade de colocar em funcionamento uma estrutura que há muitos anos está parada. Que vai ajudar no desenvolvimento não só de Porto Nacional, mas de todo o sul do Tocantins", argumenta Joaquim Maia.
Haverá, para Maia, uma organização na produção tocantinense para o escoamento a partir do funcionamento da Ferrovia Norte Sul na sua plenitude. "O que acontece é a abertura de mais uma oportunidade de crescimento para Porto Nacional. A partir dessa abertura nós podemos escoar e receber produtos que venham da região sul e sudeste do país e distribuir para o Tocantins", e pontua que "os produtos poderão chegar com preços mais baixos ao Tocantins, já que a ferrovia é um dos meios mais baratos para o transporte do que é produzido".
Deságio
Para o prefeito uma discussão necessária para que o desenvolvimento chegue de fato ao Município é fazer valer à pena a diferença de preço entre transportar via rodovia ou ferrovia.
"Hoje há uma discussão a ser feita que é o preço do deságio que existe com relação ao preço cobrado entre o transporte ferroviário e o rodoviário. E o que precisamos é de uma atitude do Governo para que o preço desse deságio seja o maior possível. Hoje a diferença é pequena", coloca.
"A esperança é que haja diferença no preço desse frete com a chegada da ferrovia. Isso é um sonho", finaliza.
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