Conselheiros Tutelares de Colinas vão recorrer da decisão da 4ª Promotoria de Colinas

Ao indeferir representação dos suplentes de conselheiros tutelares de Colinas, promotoria mantém resultado da eleição do dia 1º de outubro, que sagrou Katiana Pereira como conselheira eleita

Crédito: Divulgação

A 4ª Promotoria da Família, infância, Juventude, Idoso e Educação do MInistério Público em Colinas do Tocantins indeferiu a representação formulada pelos suplentes eleitos do Conselho Tutelar de Colinas Nenna Gomes da Luz, Sheila Pereira de Oliveira e Urismar Miranda Morais em face de Katiana Pereira da Costa Barros, conselheira eleita no pleito. 

 

No entendimento do promotor Rodrigo Alves Barcellos, a eleição para Conselheiro Tutelar, realizada em 1º de outubro deste ano, não foi comprometida por abuso de poder político e nem vinculação religiosa. Com a decisão, o resultado do pleito fica mantido. Por discordarem da decisão do promotor e convictos de que o indeferimento é uma injustiça e de que podem haver outras influências, os suplentes afirmaram ao T1 Notícias que pretendem recorrer da decisão na justiça.

 

O entendimento do promotor

Sobre a vinculação religiosa, Barcellos entende que a fala do pastor foi uma manifestação individual, sem a intenção de configurar propaganda eleitoral, "a qual necessita de ampla divulgação e repetição para o enquadramento neste instituto". Segundo o promotor, a liberdade de expressão encontra amparo constitucional, e a singela manifestação de eleitor, ainda que autoridade religiosa, não tem o condão de subsistir como conduta vedada ao pleito eleitoral".

 

O promotor Barcellos entendeu ainda que  a Comissão Especial Eleitoral do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA) praticou os atos necessários à apreciação da representação em face de Katiana Pereira, decidindo, após recurso à Plenária, por manter os votos da candidata eleita. 

 

O promotor observa que a Comissão Especial  Eleitoral agiu em consonância com suas atribuições, sendo que este órgão de execução, em que pese seu papel fiscalizatório de todo o processo de escolha dos conselheiros, não deve intervir na autonomia do CMDCA "que, repisa-se, é o órgão competente para o recebimento e análise de impugnações, competindo-lhe analisar e decidir dentro do prazo legal e caso a caso". 

 

Quanto ao suposto abuso de poder político em razão de Katiana Pereira ter feito agradecimentos ao prefeito de Colinas, Josemar Kassarin, o promotor afirmou que "os agradecimentos a que fazem menção na representação foram estendidos a várias pessoas, a saber: marido, irmãos da igreja e autoridades da cidade, dentre elas o Prefeito Municipal, não sendo crível que este agradecimento genérico seja capitulado como favorecimento específico de determinada autoridade pública a esta ou aquela candidata ao Conselho Tutelar ou que este agente público tenha efetivamente influenciado de alguma forma no resultado do pleito". 

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