Defensoria irá acompanhar de perto investigação de homicídio de travesti em Gurupi

Até o momento não há informações sobre os suspeitos do crime, segundo informou a DPE ao afirmar que irá acompanhar de perto o caso

DPE ainda não tem informação sobre suspeito de cometer crime
Descrição: DPE ainda não tem informação sobre suspeito de cometer crime Crédito: Divulgação

A Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO) informou que está acompanhando as investigações do caso de homicídio contra a travesti Nathália, ocorrido na última sexta-feira, 20.

 

O caso será acompanhado de perto pelo Núcleo das Minorias e Ações Coletivas (NUAmac) de Gurupi,  órgão que também divulgou uma nota pública sobre o assassinato  na tarde desta segunda-feira, 23.  Segundo o núcleo, até o momento não há informações sobre os suspeitos do crime.
 

Na nota o Núcleo justifica que “além de se sensibilizar com estes casos e se solidarizar com as famílias, reafirma sua missão na promoção dos direitos humanos e da defesa dos direitos das minorias, como da população LGBT”.

 

Confira na íntegra

NOTA PÚBLICA

Com sentimento de tristeza e revolta, o Núcleo Aplicado das Minorias e Ações Coletivas  (NUAmac) Gurupi recebeu a notícia da morte da travesti Nathalia,encontrada morta na última sexta-feira (20/10), na Avenida Goiás, saída sul de Gurupi. Após receber quatro tiros, a vítima não resistiu e faleceu no local. Nathalia teve sua vida ceifada sem qualquer despedida.


Segundo informações da Polícia Militar, Nathalia morava há pouco mais de seis anos em Gurupi e não tinha parentes na cidade, apenas um companheiro. O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) da cidade e aguardou o reconhecimento de familiares.

 

Ainda não há pistas do suspeito ou sobre a motivação do crime, mas o fato irreversível é que as mortes de travestis no Brasil já somam um montante de quase 150 neste ano, conforme dados divulgados pela Associação de Travestis e Transexuais do Tocantins (Atrato). São mortes com motivações homofóbicas, e que segundo a Articulação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), mais de 80% dos assassinos não têm ligação com a vítima e 95% destes assassinatos apresentam requisitos de crueldade correlacionando os crimes ao ódio pela orientação sexual, aparência e pelas ideologias.

 

A Defensoria Pública do Estado do Tocantins, por meio Núcleo Aplicado das Minorias e Ações Coletivas (NUAmac) Gurupi, além de se sensibilizar com estes casos e se solidarizar com as famílias, reafirma sua missão na promoção dos direitos humanos e da defesa dos direitos das minorias, como da população LGBT, e compromete-se a acompanhar a investigação do homicídio Nathalia, afim de resguardar a justiça aos familiares e à memória da mesma.

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