Dificuldade no acesso representa perigo e pode afastar turistas da Lagoa do Japonês

Turistas relatam falta de informação sobre o perigo da estrada que dá acesso a Lagoa do Japonês, um dos principais atrativos turísticos do estado, localizada em Pindorama.

A Lagoa do Japonês fica na cidade de Pindorama, região sudeste do Tocantins
Descrição: A Lagoa do Japonês fica na cidade de Pindorama, região sudeste do Tocantins Crédito: Divulgação/ Facebook

O acesso a uma das atrações turísticas mais visitadas no Tocantins, a Lagoa do Japonês, em Pindorama, região sudeste do estado, tem sido alvo de reclamações de turistas. O trecho de estrada que dá acesso ao local, após o município, apresenta perigo pela falta de sinalização, segundo relatam as fontes ouvidas pelo T1.

 

A jornalista Cejane Borges contou ao T1 que foi informada sobre um trecho da estrada que seria de 19 km de terra, “quando na verdade são 32 km. Lá é uma serra com despenhadeiro em que passa somente um carro por vez, com cascalho e terra. Faltam placas de alerta sobre o trânsito de veículos, enfim, o lugar é lindo, mas o acesso é perigoso”, relatou.

 

Ela conta que antes do passeio buscou se informar sobre o ponto turístico e acesso, mas presenciou outra realidade no caminho. “No Facebook da Lagoa mostra as belezas, sugere o que levar, mas em momento algum cita as dificuldades de acesso ou sugere que o carro seja traçado. Eu tenho um carro bem baixo”.

 

Segundo a jornalista, “no trajeto não tem placas, a estrada é de cascalho com pedras e na serra tem curvas sinuosas, que dão pra um despenhadeiro e abismo, sem contenção. Não existem placas ou informações dizendo que tem uma descida ou subida de serra. Além disso, na parte da serra é pista única” e completa “o lugar é lindo, mas precisam informar a realidade para o turista”, cobrou.

 

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A publicitária Raquel Etges conta que o local é lindo e muito bem cuidado, mas alerta que a estrada de acesso apresenta perigo, o que pode acabar afastando os turistas. “A Lagoa é maravilhosa, muito bem cuidada e organizada, não há do que reclamar. O problema é a estrada”. Ela conta que foi informada que seu carro de passeio iria até o local, que a estrada estava ‘mais ou menos’, mas a experiência foi negativa. “A estrada estava bem ruim, muita pedra, cascalho, em meio a um despenhadeiro sem barra de proteção. O carro patinou, tentava subir e acabou indo bem devagar”, conta.

 

Um amigo da publicitária, que estava com a família, também passou pelo problema. “Quando o carro estava subindo, começou a descer. Ele estava com o filho de dois anos, parou para todo mundo descer porque ficou com muito medo”, relata. A publicitária também sentiu falta de placas de sinalização.

 

Em resposta

 

Procurada pelo T1, a responsável pelo local, Paula Antonioli, disse que a estrada que dá acesso a Lagoa é o principal problema enfrentando por eles. “Contamos com a ajuda da Prefeitura de Pindorama. Nós entramos com combustível e eles com a patrola” para fazer a manutenção da estrada a cada 6 meses. Segundo ela, o fluxo de carros em julho aumentou e a estrada piorou muito.

 

“Temos a preocupação de o turista deixar de ir ao local por causa da estrada. Procuramos a Prefeitura, para ajudar, pois sozinhos não damos conta”, argumenta. Ela não tem conhecimento sobre um possível projeto de asfaltamento e sinalização do local, por parte do poder público, mas garantiu que irá discutir melhorias após receber as reclamações.

 

O prefeito de Pindorama, Silvio Gás, afirma que tem conhecimento do potencial turístico que o local representa para o Município e que não mede esforços para trazer melhorias. “Fizemos manutenção há 20 dias, vamos fazer amanhã novamente, mas lá é uma serra, o acesso é difícil, carros pequenos podem patinar, mas a manutenção feita pela Prefeitura é contínua”, garante.

 

O prefeito relatou a dificuldade do Município para executar as melhorias pretendidas, conta que enviou ofício ao Governo pedindo ajuda com a manutenção da estrada vicinal e da rodovia que liga a capital a cidade e está elaborando um documento de política de turismo para obter arrecadação e investir em melhorias no local.

 

A Lagoa do Japonês fica localizada em uma fazenda privada. A entrada atualmente custa R$ 25 por pessoa.

 

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