Em entrevista ao Balanço Geral, Cinthia fala sobre gestão e futuro político

A prefeita da Capital comentou sobre vários temas e falou sobre seu apoio para sucessor a prefeitura de Palmas.

Crédito: Divulgação/TV Record

A prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB), participou nesta sexta-feira, 29, de uma entrevista no programa Balanço Geral da TV Record, comandado pela apresentadora Chayla Félix. A gestora fez um balanço da sua gestão em 2023, pontuando desafios e temas importantes como transporte público, infraestrutura, prisão do ex-secretário e política.

 

Cinthia comentou que um dos maiores desafios de 2023 foi a prefeitura de Palmas ter assumido de forma integral o serviço de transporte. Anteriormente, a prestação de serviço era feita por três empresas por meio de uma requisição administrativa que durou 30 anos. “Foi um ano marcado por muita coisa boa, muita luta. A gente cresce nestes momentos de grande dificuldade”, destacou. 

 

A prefeita afirmou que a decisão da gestão veio após pedido da população por melhorias no serviço e com o fim do contrato com as empresas. “Hoje querendo ou não nós vivemos uma nova fase, um ano se passou, nós apresentamos novas medidas, hoje as mulheres podem ter mais segurança ao utilizar o transporte coletivo”, pontuou.  

 

A gestora comentou que hoje Palmas possui uma frota de 30 novos ônibus e que outros 70 em breve estarão circulação. Cinthia disse que há muitas situações a serem trabalhadas, citou que não houve aumento na tarifa, que novos abrigos já começaram a ser construídos e que serão implantados 400. Segundo ela, até janeiro serão entregues de 27 a 30 abrigos padronizados. Serão feitas também a revitalização das estações mais movimentadas e implantadas câmeras de segurança. 

 

Infraestrutura

 

Cinthia comentou sobre a regularização de vários setores e destacou o Lago Norte com um dos que mais avançaram. “O Lago Norte, assim como vários setores da cidade precisava da regularização fundiária, nós entregamos no primeiro semestre aproximadamente 2 mil títulos, e ainda tem mais títulos para serem entregues. Com a regularização do Lago Norte, o bairro pode receber todos os investimentos públicos, podem e devem receber asfalto, iluminação, posto de saúde. Agora estamos correndo contra o tempo, tenho mais um ano de mandato e vamos ter que fazer assim, muita coisa em um curto espaço de tempo. Mas é um compromisso que eu fiz com o Lago Norte e eu faço questão não só de assumir, mas também de honrar a população que agora tem o setor regularizado”, contou. 

 

A ser questionada sobre ademanda da população relacionada ao posto de saúde para os setores Araras 1 e 2, ela disse: “começamos o ano letivo com um CMEI para 520 crianças dentro do Araras. Foi um compromisso que nós fizemos. O projeto para o posto de saúde já está movimentado, com dinheiro na conta e assim que concluirmos a entrega do CMEI já começamos com ele”.

 

Prisão do ex-secretário de Desenvolvimento Urbano

 

A prefeita também falou sobre a prisão do ex-secretário de Desenvolvimento Urbano, Edmilson Vieira das Virgens, preso em flagrante pela Polícia Federal suspeito de lavagem de dinheiro durante operação. “Isso foi algo que deixou todos nós da gestão, em particular a mim também, muito tristes. Contra fatos não há argumentos, agora é necessário a gente entender que não podemos condenar uma pessoa antes da própria justiça conclua o inquérito”. 

 

Cinthia esclareceu que a prefeitura da Capital contribuiu com as investigações. “Nós não podemos condenar a pessoa, mas também não podemos fechar os olhos e fingir que nada aconteceu. Quem vai dizer sobre a veracidade dos fatos e investigação é de fato as pessoas que estão envolvidas”, reforçou.

 

Aliança política

 

Ao ser questionada sobre uma reaproximação e aliança com o ex-prefeito de Palmas, possível nome a pré-candidato, Carlos Amastha (PSB), ela declarou: “eu acho que nós não podemos retroceder na vida, olhar para trás. O retrovisor do carro é pequenininho para você ter um ponto para olhar onde que errou atrás e não repetir o mesmo erro, mas o para-brisa do carro que olha para frente é muito maior que o retrovisor. Palmas hoje está em um patamar de excelência, temos hoje que pensar no que tem que vir para frente. Olhar para trás, ficar com julgamento, passando recibo de coisas que podia, que teria que ser feito é um discurso que tem que ficar lá atrás mesmo, só no ponto de referência do retrovisor. Mais do que isso, a gente precisa entender que a humildade está na pessoa reconhecer a viabilidade de uma aliança, a gente tem que pensar que a aliança está no sentido macro de se pensar a cidade”, declarou. 

 

Em contrapartida, destacou que coisas boas também vieram por conta da gestão passada, disse que não foi uma escolha do partido e sim de Carlos Amastha. “Eu fui eleita em 2016 junto com o Amastha, eu andei as ruas com a dona Glô (esposa de Amastha), que é uma pessoa que eu tenho maior carinho e admiração, pensa em uma mulher nota 10, nos bairros mais difíceis onde a avaliação da gestão estava péssima, quem colocava a cara éramos eu e ela a pé de porta em porta, falando sobre a gestão”, lembrou.

 

“Em 2018 nós não tivemos tempo de descontruir o que está para trás, pelo contrário, o que está ai e é bom e merece avançar, nós avançamos na política habitacional, na coleta de lixo seletiva, no projeto Palmas Solar, e tudo isso foi colocado pela gestão anterior. Então não é justo jogar pedra e sair descontruindo aquilo que está lá. Eu acho que a humildade está em reconhecer as coisas boas que contribuíram na vida da gente e construir política de estado”, disse”

 

Sobre suas apostas de apoio para assumir a cadeira municipa,l a prefeita diz que segue avaliando os nomes enquanto eleitora. “Estou fazendo uma avaliação como eleitora, obviamente tem coisa que a gente não quer de jeito nenhum, que a gente não quer nem imaginar um cenário de filme de terror, mas tem obviamente pessoas com um projeto bacana, com bons nomes, tem pessoas que ainda não colocaram o nome e se quer estão filiados, mas que são pré-candidas. Então vai vir coisas boas, nós não vamos ter que escolher entre o ruim e o menos pior, polarizar nada. Essa política é uma política de continuidade”, finalizou.

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