Em grande noite, Ira! esquenta o frio de Taquaruçu

O banda se apresentou na terceira noite do Festival

Crédito: Edy César

Não é à toa que muitos dizem que o Punk foi o último grande movimento de renovação do rock, uma vez que o esse estilo musical, nascido nos EUA e na Inglaterra, simplificou a música, bastando três pessoas e três acordes musicais para levantar a plateia do chão, e sem dúvidas Ira! é um dos últimos remanescentes do estilo em atividade.  

 

Enquanto o Brasil dava seus lentos passos rumo a democracia, no longínquo ano de 1981, nascia no subúrbio paulista o Ira!, formado por Edgard Scandurra e Nasi. Mas foi somente após os movimentos nacionais pelo fim da ditadura militar, em 1985, que o Ira! lança seu primeiro álbum, o antológico Mudança de Comportamento, onde o Brasil recebia de braços abertos canções de protestos como “Núcleo Base”, critica ferina à ditadura, "Ninguém Precisa de Guerra", e "Ninguém Entende um Mod".  

 

Já o grande público veio após o Acústico MTV de 2004, com uma regravação “desplugada” de seus grandes sucessos. A banda deixou de ser apenas um grupo para “punkeiros tradicionais” e alcançou o Brasil continental. O país ouvia em todas as rádios, em alto e bom som, canções como “O Girassol”, “Tarde Vazia” e “Eu quero sempre mais”, esta última gravada com a cantora baiana Pitty.  

 

E foi com esse peso de 37 anos de sucesso que o Ira! desembarcou em Palmas-TO para tocar no 13º Festival Gastronômico de Taquaruçu e embalar as mentes e os corações do público presente. A terceira noite do festival foi aquilo que o punk rock defende, ou seja, simplicidade, rock e atitude.  

Em pouco mais de duas horas de show, o Ira! apresentou sucessos de toda a sua carreira, e o público cantou junto músicas como “Rubro Zorro”, “Núcleo Base, “Dias de Luta” e “Tarde Vazia”, o que trouxe um ar de intimismo e saudosismo na fria Taquaruçu do início da madrugada.  

 

Nasi provando que o punk não é só música, como também é atitude e posicionamento, falou ao T1 na entrada do palco, “sem dúvida estamos em um ano de luta, para a glória futura temos que lutar agora”. Então é isso vamos à luta, com um bom e velho punk tocando ao fundo. 

 

Discografia:  

 

1985 - Mudança de Comportamento  

 

1986 - Vivendo e Não Aprendendo  

 

1988 - Psicoacústica  

 

1990 - Clandestino  

 

1991 - Meninos da Rua Paulo  

 

1993 - Música Calma para Pessoas Nervosas  

 

1996 - 7  

 

1998 - Você não Sabe Quem Eu Sou  

 

1999 - Isso É Amor  

 

2001 - Entre Seus Rins  

 

2007 - Invisível DJ  

 

 

Formação que tocou no festival gastonomico:  

 

Nasi - vocal  

 

Edgard Scandurra - guitarra e backing vocal  

 

Daniel Scandurra - baixo  

 

Evaristo Pádua - bateria  

 

Johnny Boy - teclados

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