Estudantes indígenas ocupam Funai e pedem ao MPE que órgão garanta pagar custos

Estudantes da UFT e comunidade indígena ocuparam 14 das 16 salas da Funai de Araguaína. Eles pedem que órgão pague conta de energia que teria gerado corte e garantia de custeio às despesas da casa...

Grupo ocupou Funai de Araguaína
Descrição: Grupo ocupou Funai de Araguaína Crédito: Adriano Karajá

Estudantes indígenas ocuparam a sede da Fundação Nacional do Índio (Funai) de Araguaína desde às 11h da última sexta-feira, 13. Segundo um dos integrantes do grupo, Adriano Karajá, cerca de 20 pessoas permanecem no local até o momento.

Os indígenas querem que a Funai religue a energia elétrica da Casa do Estudante Indígena, localizada no Setor JK, que foi cortada na quinta-feira, 12, e a garantia de que o órgão irá arcar com os custos de energia e água até que o terreno seja doado para a Universidade Federal do Tocantins (UFT). “Nós queremos que a Funai religue a energia da casa e a garantia de que vão arcar com os custos até a doação do terreno”, disse Adriano Karajá.

A Funai de Palmas entrou em contato com os ocupantes na manhã desta segunda-feira, 16, segundo Adriano Karajá, e informou que um representante do órgão estaria indo para Araguaína se reunir com o grupo para resolver a situação. “É a única resposta que temos até agora”.

A Casa do Estudante Indígena aloja cerca de 15 estudantes indígenas, mas serve também como casa de apoio ao índio, “pois quando alguém precisa vir até Araguaína fica aqui na casa”, afirmou Adriano ao lembrar que o local se encontra em situação precária, “sem uma reforma há anos”, além de servir como garagem para carros velhos do órgão.

Segundo Adriano, os estudantes estariam em um evento na universidade quando a energia foi cortada, por volta das 16h da quinta-feira, 12, e “quando voltamos por volta das 22h, estava tudo escuro. A comida que estava na geladeira, que mandavam da aldeia para nós, tinha estragado e a geladeira queimou. Então decidimos ocupar o prédio”.

São 16 salas na sede da Funai e 14 delas estão sendo ocupadas pelos indígenas dos povos Karajá-Xambioá do município de Santa Fé do Araguaia e Xerente, de Tocantínia. “A previsão é de chegar mais. Estamos recebendo apoio das aldeias e indígenas que não são estudantes”, declarou.

Adriano Karajá disse ainda que também protocolou documento no Ministério Público Estadual (MPE) de Araguaína para que a Funai agilizasse a religação da energia e que nesta segunda-feira, 16, vai protocolar novo documento solicitando a garantia de que a Funai arcará com os custos até a doação do terreno para a UFT.

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