Evento do Norte Angoleiro debaterá sobre ancestralidade e educação antirracista

De 5 a 26 de novembro, evento gratuito no IFTO celebra os 50 anos da independência de Angola e o Dia da Consciência Negra com oficinas, palestras e apresentações culturais

Crédito: Divulgação

O Instituto Federal do Tocantins, no Campus Palmas será palco, entre os dias 5 e 26 de novembro de 2025, do evento Norte Angoleiro: ancestralidade e movimento. A iniciativa, promovida em parceria com a Casa de Angola e o Instituto de Capoeira Angola Alagbedé, busca aproximar a comunidade tocantinense das tradições afro-brasileiras e angolanas, fortalecendo a identidade cultural e promovendo uma educação antirracista. Toda a programação será gratuita e contará com atividades presenciais e on-line, abertas ao público em geral.

 

 

Com oficinas, palestras, rodas de conversa, apresentações culturais e cine-debate, o evento marcará duas datas simbólicas: os 50 anos da independência de Angola e o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro. Ao reunir artistas, mestres de capoeira, professores, estudantes e movimentos culturais, a proposta é promover reflexões sobre ancestralidade, decolonialidade e diversidade, além de incentivar o diálogo intercultural e a valorização das expressões afrocentradas.

 

 

Entre os destaques da programação estão oficinas de capoeira e danças afro, palestras sobre algoritmos decoloniais e o Reino Ndongo, além da exibição do Cine Angola, seguida de debate. Haverá ainda espaço para o aprendizado da língua kikongo e atividades voltadas à literatura infantil afrocentrada. A expectativa é que cerca de 550 pessoas participem gratuitamente das ações ao longo do mês.

 

 

Para a Prof.a Kamila Gomes , responsável pelo projeto, o evento representa uma oportunidade de imersão na cultura angolana e tem grande relevância para o aprendizado da comunidade. "Trazer esse debate para dentro dos institutos e universidades não é apenas importante, mas também necessário. O objetivo do evento é promover a educação antirracista e ampliar os horizontes na formação dos jovens, aproximando-os dessa cultura e de seus saberes", afirma Kamila.

 

 

Mais do que um calendário cultural, o Norte Angoleiro se apresenta como um ato de resistência e valorização da memória histórica afrodescendente. O evento reafirma o compromisso do IFTO e de seus parceiros em promover a igualdade racial, fortalecer vínculos de ancestralidade e ampliar o reconhecimento da contribuição africana para a formação da sociedade brasileira.

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