Famílias sem teto ocupam área na 905 sul; Seis pessoas foram detidas pela PM

A Secretaria da Infraestrutura, Cidades e Habitação informou a área faz parte do programa Pró-Moradia do Estado que prevê a construção de 272 apartamentos. As famílias decidiram permanecer na área

Crédito: Reprodução/ Guilherme Lima

Cerca de 300 famílias do movimento sem teto ocuparam lotes na quadra 905 sul em Palmas no início da manhã deste domingo, 15. A polícia foi até o local para retirar os manifestantes e seis pessoas acabaram detidas. O advogado do movimento Cristian Ribas definiu a intervenção como exagerada, mas a PM alegou resistência e desacato por parte dos manifestantes. 

 

Segundo participantes do movimento a ocupação teve início por volta das 5h da manhã, quando as famílias chegaram ao local e começaram a demarcar os lotes. Por volta das 10h a polícia militar teria chegado ao local com o batalhão de choque para fazer a retirada do grupo, porém, os manifestantes se recusaram a deixar o local e um tumulto se instalou. Seis pessoas foram detidas. 

 

Em nota a Polícia Militar afirmou que foi até o local para negociar a retirada dos ocupantes de maneira pacífica mas, devido à resistência e desacato algumas pessoas foram detidas e encaminhadas para a Delegacia de Polícia Civil onde a ocorrência foi registrada como esbulho possessório, desacato e resistência. 

 

De acordo com Cristian Ribas advogado do movimento, a área já pertenceu ao governo do Estado inclusive conta com infraestrutura como asfalto e rede de esgoto, mas o proprietário conseguiu na justiça a posse da terra e atual ela é uma propriedade privada. 

 

Porém, segundo o advogado para que retirada das famílias do local a polícia teria que apresentar um mandado. "A polícia militar não poderia ter feito essa intervenção sem um mandado judicial, uma intervenção que foi feita foi de maneira agressiva chegando a deter pessoas que estavam no apoio ao movimento" relatou. 

 

Pró-moradia


Já a Secretaria da Infraestrutura, Cidades e Habitação (Seinf), informou a área faz parte do programa Pró-Moradia do Estado que prevê a construção de 272 apartamentos. A Seinf disse ainda que já existem famílias pré -selecionadas aguardando a entrega dos imóveis. 

 

De acordo com o advogado do movimento as famílias decidiram permanecer na área.

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