Tombada como Patrimônio Histórico e Cultural da Capital, a Feira do Bosque vem perdendo as características que lhe garantiram este título. A Feira acontece todos os domingos na Praça do Bosque, onde está localizada a Prefeitura, e recebe visitantes de todos os lugares que vem em busca, principalmente, de artesanato e comidas típicas.
Mas de acordo com os feirantes, há algum tempo o espaço vem sendo ocupado por vendedores de CDs piratas e produtos importados. “Nosso patrimônio cultural corre o risco de desaparecer se alguma medida não for tomada”, afirma a feirante Marli Terezinha Erig, acrescetando que o local também necessita de segurança. A feirante conta que até pneu de carro já foi roubado na Feira. “Além disso tem muitos pedintes no local e isso afasta as pessoas”.
A feirante alega também que as verbas destinadas não são aplicadas para a melhoria do local. “Para este ano houve uma redução muito grande na verba a ser repassada para a feira”, argumentou.
Marli é secretária da Associação dos Feirantes e afirma que a entidade tem planos de realizar a feira pelo menos mais de uma vez na semana. “Nossa ideia é realizar a feira também às quartas, com uma seresta, como forma de divulgar e apoiar os artistas locais”, explicou.
Indefinições
O feirante Marcelo Gomes também manifestou sua preocupação com a situação da Feira. “Recentemente tivemos uma reunião na Fundação Cultural e eles não sabem o que vão fazer. Já chegaram a dizer que ela vai ser cuidada pela Secretaria de Indústria e Comércio e até pela Secretaria da Agricultura, que são dois órgãos que nada tem a ver com cultura”, reclamou.
De acordo com Marcelo, existem verbas para a manutenção da Feira do Bosque, da 304, e também de Taquaruçu. “A Feira do Bosque precisa receber maior atenção porque serve como referência cultural da cidade”, destacou Marcelo.
Revitalização
A Prefeitura Municipal de Palmas informou, através da Secretaria de Comunicação, que ainda está em fase de estudos o projeto de revitalização da Feira do Bosque. O diagnóstico da atual situação, com possíveis melhorias, está sendo feito em conjunto pela Fundação Cultural, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Emprego e Instituto de Planejamento Urbano de Palmas (IPUP).
Ainda de acordo com a Secom, assim que o estudo for concluído, o mesmo será amplamente divulgado.
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