Férias resgatam brincadeiras no Parque dos Povos Indígenas

Parque dos Povos Indígenas (PPI) que já acomoda diversas modalidades esportivas, como skate, slackline, badminton e vôlei de praia, tornou-se também palco de brincadeiras tradicionais

Parque dos Povos Indígenas abriga brincadeiras tradicionais
Descrição: Parque dos Povos Indígenas abriga brincadeiras tradicionais Crédito: Júnior Suzuki

Dois tacos, dois alvos, uma bolinha e pessoas dispostas. Isso é tudo o que você precisa para jogar bete, também conhecida como tacos, bets, tacobol, entre outros. Não importa o nome. A brincadeira que fez parte da infância de muita gente volta a ser praticada por palmenses de diferentes idades nos espaços públicos da Capital.

 

E, durante as férias, o Parque dos Povos Indígenas (PPI) que já acomoda diversas modalidades esportivas, como skate, slackline, badminton e vôlei de praia, tornou-se também palco destas brincadeiras.

 

O microempreendedor Francisco Gomes,  31 anos, conta que ensinou os dois filhos a jogar bete e que queria resgatar a brincadeira. “Em Palmas, a gente não tem muito a cultura de brincar na rua. Meus amigos e eu encontramos no PPI uma forma de resgatar essa brincadeira que é conhecida por muitas pessoas”.

 

Carlos Augusto Brito, 20 anos, disse que é o melhor jogador de bete do grupo. Para ele, o bete une os amigos. “É legal porque as pessoas passam aqui e querem jogar porque se lembram da infância. Tem as pessoas que não conhecem a brincadeira e a gente ensina numa boa”.

 

Com o final das férias escolares, já que o calendário da rede municipal de ensino prevê o retorno das aulas para a próxima segunda-feira, 5, os palmenses ainda têm esta semana para curtirem um pouco mais do espaço.

 

Viver conectado no mundo online é muito bom e facilita muito a vida, mas para a musicista Amanda Sousa, 17 anos, se conectar com pessoas é essencial. “A brincadeira de rua, como o bete, desprende as pessoas um pouco do virtual”. Amanda lembra ainda que o bete é democrático, “o mais especial do jogo é que todos podem participar, desde as crianças até os adultos”.

 

Para Jocirley de Sousa, 35 anos, técnico em informática, o espaço do PPI é mais do que só mais um lugar para o esporte.  “O Parque dos Povos Indígenas (PPI) é algo único. Aqui tem esporte, tem lazer, mas não é só isso. É um local feito para as pessoas.”

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