Gestão cobra rateio de despesas comuns: investimento é na qualidade para usuários"

Após bancar funcionamento dos serviços isentando aluguéis e taxas durante a pandemia, gestão do Terminal Rodoviário quer receber rateio de despesas comuns: comerciantes resistem

Éder Mendonça: investimento na Rodoviária é para o usuário"
Descrição: Éder Mendonça: investimento na Rodoviária é para o usuário" Crédito: Divulgação

A cobrança do rateio das despesas comuns para manutenção do Terminal Rodoviário de Palmas, por parte da gestão, conduzida pela Luz Pioneira de Palmas, através do advogado Éder Mendonça está causando polêmica entre os comerciantes que ocupam salas alugadas no local.

 

Em visita ao Terminal Rodoviário na semana que passou, o Portal T1 Notícias conferiu de perto as condições de higiene, limpeza, manutenção das áreas comuns e banheiros da rodoviária, num nível de excelência acima da média.

 

A polêmica no entanto, está na negativa de comerciantes em assumirem o rateio das despesas comuns com folha de pagamento de colaboradores, água, luz entre outros, estabelecidos pela gestão do terminal desde junho passado.

 

“O problema aqui nem é o aluguel, mas esses boletos de rateio. Nós mesmo não pagamos nenhum e estamos com ordem de despejo”, disse ao portal o comerciante Vitamer Costa, dono de uma das quatro lanchonetes principais, que estão de frente para a praça de alimentação da Rodoviária.

 

“Mantivemos na pandemia, agora é hora deles participarem nas despesas”, diz gestor

 

"Não existe ordem de despejo"  nega o administrador do Terminal Rodoviário, em nome da Luz Pioneira de Palmas: "O que fizemos foi uma notificação extra-judicial para que as empresas que locam esses espaços, paguem sua parte no rateio das despesas comuns, de acordo com a metragem quadrada de suas salas e um pedido de desocupação por denúncia vazia".

 

Segundo Éder Mendonça, durante o período mais crítico vivido nos últimos anos, a Loja Maçonica Luz Pioneira, tirou recursos próprios de outras fontes para manter a rodoviária. “Durante seis meses nós isentamos aluguéis, arcamos com todas as despesas, sem deixar de dar a manutenção adequada, cuidar da higiene e de todas as nossas obrigações. Agora chegou a hora deles contribuírem”, explica.

 

O contrato de aluguel destas lojas está vencido e não foi renovado, o que tornou a locação temporária em tempo indeterminado. “Com base nisso, podemos romper quando for de conveniência da administração e eles sabem disso. Algumas empresas só acertam quando o boleto vai para protesto e negativa o nome da empresa”, explica o gestor.

 

Taxa de embarque: defasagem e evasão de receita

 

Criada para bancar a manutenção destas despesas, a Taxa de embarque do Terminal rodoviário de Palmas está defasada, custando os mesmos R$ 2,50 desde 2013, informa o administrador. “Já pedimos a correção deste valor pelo menos três vezes na minha gestão para a ATR, sem resposta. Em Goiânia, por exemplo, custa R$ 8,50. Aqui, pela média das capitais do entorno nosso seria R$ 6,50”, explica o Dr. Éder Mendonça.

 

Além de ser insuficiente a taxa de embarque -  “não banca a folha de pagamento dos colaboradores”- a evasão de receitas é grande, segundo conta o gestor. “Tem muitas empresas que sai de dentro da rodoviária com 50 passagens vendidas e 30 passageiros. Onde estão os outros 20? Embarcam do lado defora e não pagam a taxa”.

 

Investimentos em obras e serviços 

 

A gestão do Terminal rodoviário informa que fez a reforma dos banheiros, com material de primeira linha, fez a limpeza e a contratação de um seguro para o teto, reposição de peças quebradas, entre outros investimentos. “Aqui se não fizer o rateio, a gente não banca as despesas fixas. Acaba que a rodoviária ficaria sucateada. Estamos trabalhando pelo bem estar do usuário, que é para quem o Terminal foi criado e deve ser mantido”, finalizou Éder Mendonça.

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