Governador garante a Dimas que dívida será quitada e obras retomadas em Araguaína

O buraco da TO-222 que ameaça novos deslizamentos foi um dos itens solicitados pelo prefeito de Araguaína, além das obras paralisadas e o pagamento da dívida de R$ 20 milhões do Estado com o Município

Audiência entre governador e prefeito de Araguaína foi realizada no Palácio
Descrição: Audiência entre governador e prefeito de Araguaína foi realizada no Palácio Crédito: Foto: Secom Araguaína

O prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, esteve novamente em audiência com o governador do Tocantins, Marcelo Miranda, na tarde desta quarta-feira, 25, no Palácio Araguaia, em Palmas. Após o encontro, o governador se comprometeu em cumprir convênios e retomar obras na cidade. Entre as prioridades apresentadas estão o buracão da TO-222 que ameaça novos deslizamentos, o pagamento da dívida do Estado com o Município que chega a R$ 20 milhões e a paralisação de obras importantes de pavimentação e drenagem em diversos bairros.

 

“Estamos trabalhando para que a cidade se torne cada vez mais atrativa para os investidores. E precisamos da participação do Estado nesses convênios, inclusive na ampliação deles”, apontou Dimas.

 

O prefeito ainda solicitou ao governador que o Estado seja parceiro na implantação da Agência Municipal de Segurança, Transportes e Trânsito (ASTT). “É importante que o Estado seja efetivo neste processo, visto que a agência irá somar junto às polícias para a segurança na cidade, inclusive com o videomonitoramento”.

 

Ainda participaram da reunião o senador Vicentinho Alves, o deputado estadual Elenil da Penha, o vereador Ferreirinha e a primeira-dama do Estado e deputada federal, Dulce Miranda.

 

Compromisso

“As demandas são realmente importantes e as realizaremos dentro de um planejamento após nos reunirmos com o secretário da Fazenda. São pleitos que melhorarão toda a cidade. É importante frisar isso, que seus representantes estão unidos em prol da comunidade”, apontou o governador.

 

Marcelo Miranda não deu prazo específico para reiniciar as obras e pagar a dívida, mas disse que em breve terá um posicionamento diante da abertura do orçamento de 2017. “Se eu colocar a data poderei ser cobrado que não cumpri, então faremos dentro do possível para atender o quanto antes o prefeito e consequentemente a cidade”, disse.

 

Mais demandas

Durante a audiência, o prefeito ainda pediu prioridade na revitalização do Distrito Agroindustrial (Daiara) e na duplicação da TO-222 no trecho que dá acesso ao Distrito de Novo Horizonte. Dimas também citou pedidos das outras audiências realizadas em 2016, como a retomadas das obras de construção do novo Hospital Geral de Araguaína, das escolas de tempo integral dos setores Nova Araguaína e Maracanã, e ainda da construção do Ambulatório Médico de Especialidades e construção do Centro de Acolhimento do Menor Infrator.

 

Dívidas

O Estado não tem cumprido convênios em Araguaína com a Educação, Saúde, Infraestrutura e Ação Social, o que ocasionou um aumento significativo da dívida do Governo com a Prefeitura de Araguaína. Entre as dívidas estão a manutenção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que atende todos os municípios vizinhos, obrigação que seria do Estado, e está com 26 parcelas em atraso,10 delas referentes a 2015.

 

Buracão

No ano passado, a Prefeitura elaborou e entregou à Secretaria de Estado da Infraestrutura o projeto para a solução de um buracão causado por uma erosão na TO-222, ocasionando o rompimento da pista. À época, a Prefeitura foi informada que seria feita uma adequação e licitada a obra ainda em 2016, o que não ocorreu.

 

Os danos ambientais provocados pela crescente erosão são imensuráveis, inclusive, com as últimas fortes chuvas, há a possibilidade de um deslizamento nas imediações causando danos muito maiores.

 

Paralisação de obras

O contrato que contempla a pavimentação e recuperação da pavimentação dos bairros São João, Araguaína Sul, Raizal, Tereza Hilário, Morada do Sol, Ana Maria e Tocantins está com obras paralisadas. Os projetos estão prontos, mas a ordem para continuação do serviço ainda não foi dada devido à falta de pagamento da contrapartida do Estado. Com recursos do FGTS, do valor total de mais de R$ 44 milhões, o Estado daria apenas uma contrapartida média mensal de R$ 200 mil.

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