Impactados pelo BRT reclamam de indenizações e cobram definição da prefeitura

Moradores que não aceitaram primeira proposta da prefeitura e enviaram contraproposta solicitada dizem que estão sem resposta até agora. Preocupados, afirmam que querem posição da prefeitura.

Antônio Carlos disse que todo mundo está assustado
Descrição: Antônio Carlos disse que todo mundo está assustado Crédito: Bonifácio/T1Notícias

Moradores da região sul de Palmas, que serão impactados pela implantação do Bus Rapid Transit (BRT), reclamam de falta de comunicação por parte da prefeitura. Eles afirmaram que após não aceitarem a primeira proposta feita, encaminharam contraproposta para a prefeitura, que havia dado um prazo de 15 dias, mas ainda não obtiveram retorno.

 

A dona de casa Maria das Graças Almeida Vieira disse que não aceitou a proposta da prefeitura sobre o valor da indenização. “O valor que ele está oferecendo pra gente não dá pra comprar nem um lote”, afirmou.

 

Maria das Graças mora há 24 anos no mesmo local e disse que a prefeitura avaliou seu imóvel em R$ 130 mil reais, no entanto, segundo ela, o valor de mercado seria de R$ 213 mil reais. “Depois que enviamos a contraproposta nunca enviaram uma resposta para nós”.

 

Audiência Popular

Os moradores do Jardim Aureny 3 chegaram a realizar uma audiência popular para discutir os rumos das desapropriações e cobrarem indenização que segundo eles, "com valor mais justo”.

 

Na ocasião, a prefeitura havia informado que os imóveis estariam em fase de avaliação de valores pela Comissão Especial para análise das áreas e que em caso de contestação, a recomendação era que os proprietários procurassem a Secretaria de Habitação, que está acompanhando o processo.

 

O morador do setor, Antônio Carlos Cabral Gomes disse que “todo mundo está assustado” no setor, por não saber o que está acontecendo. “Depois da contraproposta não deram nenhuma resposta, só disseram pra esperar”, disse Antônio.

 

Ele ressaltou que os moradores não são contra a implantação do BRT. “Só queremos que negociem direito com a gente. Estamos muito preocupados. Todo mundo sem resposta”.

 

Reunião entre Prefeitura e Defensoria

O prefeito Carlos Amastha se reuniu na manhã desta quarta-feira, 10, com a equipe técnica do BRT, a Comissão Especial de análise e o defensor público Arthur Pádua para discutir as desapropriações das áreas impactadas pelo BRT e informou que as indenizações serão pagas de acordo com o valor do mercado.

 

O pintor Antônio Sebastião Alves da Costa disse que mora há 10 anos na mesma casa e que está insatisfeito com o valor da indenização oferecido pela prefeitura. “A gente liga lá e eles não dão nenhuma posição pra gente”, reclamou. Antônio disse que contratou um avaliador técnico para fazer o levantamento do valor da sua casa e que, mesmo enviando a contraproposta não recebeu uma informação concreta quando procurou a secretaria de Habitação.

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