A confusão que terminou em briga no restaurante Mercatto, em Palmas, no último final de semana entre Iratã Abreu e o empresário Fabiano Miranda, virou caso de polícia com o registro de um Boletim de Ocorrência na 1ª Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam) no começo da semana por parte da vítima, Victoria R.S.R, 24 anos. O Escritório Stella Bueno Advocacia para Mulheres, que atua em defesa da vítima, informou, em nota, que “aguarda o fim da oitiva das testemunhas e o indiciamento do investigado”.
A vítima relata na ocorrência que se dirigia à saída do estabelecimento, acompanhada do namorado Iratã, quando foi apalpada nas nádegas pelo acusado, Fabiano Miranda, que estava acompanhado de amigos. O empresário estaria embriagado.
Ao relatar o ocorrido para o namorado, este retornou para “tomar satisfações”, quando teria sido provocado pelos amigos de Miranda. O ambiente se tornou tenso e os presentes tiveram que separar os dois para evitar agressão física.
Vídeos que o T1 Notícias teve acesso mostram a confusão e o namorado de Victoria, Iratã, bastante alterado, xingando o suposto assediador.
Em nota encaminhada ao Portal, Iratã disse que seu envolvimento "foi em defesa da integridade física e da dignidade da minha companheira, Victória, que foi vítima de importunação sexual”, ressaltou, acrescentando que “o caso já foi registrado perante às autoridades e todas as providências jurídicas cabíveis para que o agressor responda criminalmente por seus atos ilícitos já estão sendo tomadas”.
Delegada requer imagens internas do restaurante
A titular da Deam já teria solicitado acesso às imagens das câmaras internas do restaurante no sábado, dia 18, data do ocorrido, a fim de verificar se é possível visualizar o momento em que Fabiano Miranda toca no corpo da vítima.
Sócio de duas empresas e graduado em Direito, Fabiano Miranda, 36 anos, casado, foi procurado pelo Portal T1 Notícias durante toda a semana nos dois celulares ligados ao seu nome, sem sucesso. O principal parece ter sido desligado e está sem contato por Whatsapp. Um e-mail foi enviado solicitando seu posicionamento sobre o assunto e o espaço segue aberto.
O empresário já foi superintendente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) no Tocantins, em 2019, e também superintendente do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) no Estado, no período de 2016 a 2018, além de ter sido presidente do Ruraltins em 2020.
Confira as notas na íntegra:
Nota - Iratã Abreu
A respeito dos vídeos que circulam nas redes sociais desde o último sábado, 18 de março, venho à publico me manifestar e esclarecer que meu envolvimento se deu, exclusivamente, em defesa da integridade física e da dignidade da minha companheira, Victória, que foi vítima de importunação sexual no restaurante Mercatto.
O agressor é membro de uma das famílias mais conhecidas do Tocantins, mas ainda assim, lamentavelmente, importunou minha namorada, violando sua honra e intimidade, na frente de inúmeras testemunhas sem qualquer pudor.
O caso já foi registrado perante às autoridades e todas as providências jurídicas cabíveis para que o agressor responda criminalmente por seus atos ilícitos já estão sendo tomadas. Na oportunidade, agradeço à todos que se solidarizaram com a Victória e que, assim como eu, estão indignados com o fato.
Nota - Escritório Stella Bueno Advocacia para Mulheres
O Escritório Stella Bueno Advocacia para Mulheres, que representa V.R.R., vítima do crime de Importunação Sexual no último sábado, dia 18/03/23, no Restaurante Mercatto, informa que o Boletim de Ocorrência foi devidamente registrado junto à 1ª DEAM de Palmas, na terça-feira dia 21/03/2023 e que o inquérito policial já está bem adiantado:
“Já tivemos acesso às imagens do sistema de monitoramento do estabelecimento e o vídeo registra claramente a importunação sexual à minha cliente. Agora estamos aguardando o fim da oitiva das testemunhas e o indiciamento do investigado”.
A Advogada afirma ainda que “a importunação sexual é um crime grave, cuja pena é de 2 a 8 anos de reclusão, então com as provas que temos e o relato das testemunhas, acreditamos no indiciamento e condenação do investigado”.
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