Inconformada, família de Araguaína quer respostas para morte de bebê após vacinas

O caso ocorreu em Marabá - PA, onde a criança de quatro meses, que é natural de Araguaína, tomou as vacinas de rotina. A mãe da criança afirma que ela era saudável e busca por justiça

Maria Laura, natural de Araguaína, tinha quatro meses
Descrição: Maria Laura, natural de Araguaína, tinha quatro meses Crédito: Arquivo Pessoa/ Foto autorizada pela família

Maria Laura da Mata, uma bebê de quatro meses que nasceu em Araguaína, região Norte do Tocantins, perdeu a vida no último domingo, 27, após tomar as vacinas de rotina em um posto de saúde de Marabá - PA, na sexta-feira, 25. A mãe da vítima, a dentista Gracielly da Mata, afirma que ela era saudável e busca por respostas sobre a morte da filha. 

 

De acordo com Gracielly, que havia se mudado com o pai da criança há menos de um mês para Marabá por motivos profissionais, Maria Laura foi levada saudável para tomar as vacinas no Centro de Saúde Pedro Cavalcante, onde foram injetadas duas em uma perna e uma na outra, além de uma em gota. "Cheguei com a minha filha perfeita, alegre, mamando bem. Foram aplicadas as vacinas e retornamos para casa", disse a mãe da criança, em entrevista. 

 

A dentista relatou que a filha teve febre ainda na sexta-feira, o que achou que seria reação natural da vacina. Entretanto, no sábado, demonstrou sentir dor na perna em que tomou as duas vacinas e, no domingo, a situação piorou. "A gente não teve orientações de que poderia dar duas vacinas e voltar daqui sete dias para poder dar mais duas, só chegou e foi aplicado. A gente como não tem um conhecimento de como deve ser aplicada essas vacinas, só chega, confia e entrega os nossos filhos", contou Gracielly.  

 

No domingo, ao perceber a filha piorar, Gracielly levou Maria Laura ao Hospital Materno Infantil (HMI). "A minha filha começou a fica muito molinha, eu gritava, eu chamava: 'Maria Laura fala comigo, fala comigo'. E a minha filha só foi fechando os olhos e dormindo, como um anjo", relatou a mãe da criança. Depois disso, os pais foram informados pela equipe médica sobre o óbito. 

 

A mãe da criança complementou que dentro da sala de vacinação aconteceram fatos, que para ela, foram estranhos. "No momento a gente não repara né, mas foi muito estranho. Uma moça que iria aplicar a vacina chamou outra para aplicar, não se sentiu confiável em aplicar. Houve rasura do lote da vacina, na caderneta da minha filha tem rasura. Colocou um lote, a outra mulher corrigiu, falou que aquele não era o lote certo. E o líquido que estava na vacina do primeiro lote não foi desprezado, foi aplicado na minha filha. Então, a gente quer saber que lote de que vacina é essa, o que tinha nessa vacina que ela somente rasurou o lote e não desprezou o líquido. Por que ela aplicou na minha filha? será que ela tinha total certeza que aquela vacina era uma vacina que a minha filha poderia tomar?", questiona Gracielly. 

 

Ao T1 Notícias, Gracielly informou nesta quinta-feira, 03, que deu entrada no inquérito e que os advogados do casal estão tomando tomas as providências possíveis. "Estamos aguardando mais algumas notícias", concluiu a dentista. O caso é investigado pela Polícia Civil.

 

O T1 Notícias também solicitou um posicionamento da Prefeitura de Marabá a respeito do caso e aguarda uma resposta.

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