A Polícia Civil do Estado do Tocantins concluiu o inquérito policial que apurava a tentativa de homicídio do Prefeito do Município de Novo Acordo, Elson Lino de Aguiar (MDB), de 59 anos. O crime ocorreu no dia 09 de janeiro deste ano, dentro da própria residência da vítima.
De acordo com o inquérito, a Delegacia Estadual em Investigações Criminais -DEIC de Porto identificou o envolvimento de quatro pessoas no planejamento das ações, sendo elas o vice-prefeito de Novo Acordo (mandante), Leto Moura Leitão (PR), dois intermediadores e um executor. Todos foram indiciados pelo crime de homicídio duplamente qualificado na forma tentada.
Segundo o delegado Diogo Fonseca, responsável pelas investigações, passando-se por um conhecido, o executor entrou no imóvel e surpreendeu a vítima que se levantava do sofá para recebê-lo. Ao se aproximar, o autor sacou um revólver da cintura e efetuou disparos contra o Prefeito. Destes, um acertou o rosto do alvo que foi encaminhado ao Hospital Geral de Palmas e sobreviveu. “Após intensas investigações imediatas ao crime, a Polícia Civil identificou o atirador, bem como outras duas pessoas envolvidas na ação e os prendeu em flagrante delito. Um deles se trata do então vice-prefeito de Novo Acordo”, afirmou.
Ainda segundo o delegado, durante o inquérito policial, a DEIC – Porto buscou esclarecer com minúcias o fato e o envolvimento de outras pessoas, sendo realizados diversos atos investigativos. No total, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, apreendidos objetos e ouvidas diversas pessoas. “Apurou-se, ainda, que a ação foi devidamente arquitetada e deveria ocorrer antes do natal de 2018, contudo a primeira empreitada não deu certo”, afirmou.
Atentado contra o prefeito
O prefeito Elson Lino foi baleado na cabeça na tarde do dia 9 de janeiro. Ele foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento da cidade após ser atingido por três tiros e depois transferido para Palmas, onde ficou internado no HGP até receber alta.
À época, a família informou que o prefeito estava sozinho dentro de casa quando tudo aconteceu. O imóvel não é murado e a porta da sala estava destrancada. O atirador entrou e abriu fogo contra o prefeito dentro do quarto dele. O gestor conseguiu chegar até a parte de fora, onde pediu socorro. O suspeito fugiu em uma motocicleta.
Leitão já havia sido considerado suspeito de ter encomendado o crime após o desentendimento na divisão de uma propina. Além do vice-prefeito, outras duas pessoas estão presas em Palmas suspeitas de envolvimento na tentativa de homicídio: Paulo Henrique Sousa, que seria o intermediário; e o suposto pistoleiro, Gustavo Araújo da Silva.
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