A Secretaria de Saúde de Araguaína é investigada na Operação Dose para Leão, da Polícia Federal, deflagrada na manhã desta quinta-feira, 27, que apura ocorrências de superfaturamento, bem como desperdício de insumos médico-hospitalares e odontológicos na Secretaria. A investigação teve início após denúncia sobre irregularidades ocorridas no Centro Logístico da Prefeitura de Araguaína.
Procurada pelo T1 Notícias, a Prefeitura de Araguaína, por meio da procuradoria do município, disse estar tranquila quanto a investigação e que os processos foram realizados obedecendo rigorosamente aos princípios da legalidade e publicidade e que isso será provado ao final da investigação.
A PF constatou dois tipos de irregularidades no processo de compra, uma de superfaturamento em diversos itens adquiridos pela Secretaria, em que alguns produtos chegam a custar 400 % a mais do que o valor de mercado. E outra da existência de produtos adquiridos por preços abaixo do preço de custo, quase impraticáveis, o que levantou a suspeita sobre a utilização do artifício denominado “jogo de planilha”.
Além dessas irregularidades, a PF constatou que a falta de controle nas compras geraram perdas por vencimento de medicamentos e insumos diversos. Ressalta, ainda, a aquisição desnecessária de itens com baixa rotatividade.
A Procuradoria de Araguaína informou que a Secretaria de Saúde e o Departamento de Licitação do Município colocaram à disposição da investigação todos os documentos solicitados.
Indiscrição
A Prefeitura de Araguaína disse também que o alvo da operação é um suposto desvio de R$ 95 mil, e que o juiz responsável pelo caso teria recomendado à PF cumprir as medidas com cautela "evitando-se repercussões sociais ou interpretações dissociadas do objeto"; o que a gestão afirmou que não ocorreu.
Mais de 50 policiais federais cumprem 12 mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara da Justiça Federal de Araguaína, nas cidades de Palmas, Araguaína, Goiânia/GO e Aparecida de Goiânia/GO.
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