Manifestants começam a chegar na Galeria Bela Palmas para os protestos desta tarde na Capital. Um grupo de cerca de 50 manifestantes já está no local, confeccionando cartazes e pintando a cara com as cores verde e amarelo. Polícia Militar acompanha. Movimento é pacífico.
Atualizado às 15h50
Nesta quinta-feira, 20, estudantes universitários da rede estadual e municipal de ensino, organizações civis e a população em geral irão às ruas para protestar contra o monopólio do transporte público em Palmas. A concentração ocorrerá na Praça dos Girassóis, às 17h, em frente à Galeria Bela Palma e seguirá até a sede da Prefeitura de Palmas, na Avenida J.K.
As reivindicações do movimento partem da necessidade de mudanças no atual sistema de transporte coletivo da capital. A empresa Expresso Miracema sempre teve domínio do setor e o seu proprietário ocupa há anos a função de presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano do Tocantins (SETURB).
Parte dos manifestantes realizaram na terça-feira (18), a confecção de cartazes e faixas com reivindicações que serão utilizados na marcha. Também foi discutido pelos articuladores questões de logística relativas ao percurso da manifestação e alguns cuidados. A principal orientação é a atenção para que as ações aconteçam de maneira pacífica. A polícia militar já
confirmou que fará a proteção dos manifestantes, mas também estará preparada para coibir a ação de vândalos.
O movimento teve início nas últimas semanas na internet, sobretudo nas redes sociais como Facebook, Twitter e Instagram que popularizaram hashtags como #VemPraRua incitando as pessoas a protestarem para além das redes. A maior parte das articulações são realizadas através do Facebook. A página do evento já conta com mais de 13 mil pessoas confirmadas. Por meio desta ferramenta as pessoas recebem atualizações com informações de articuladores e sem ruídos da mídia tradicional que, há pouco tempo atrás, só ressaltava o lado negativo das manifestações nas outras cidades.
A intenção do movimento é convidar cada vez mais pessoas a aderirem à causa que tem como principal objetivo dar um basta na situação calamitosa em que vivemos. As manifestações têm sido positivas já que políticos como a própria presidente Dilma Roussef voltaram atrás e reconheceram a força e legitimidade das causas defendidas, embora tais pronunciamentos soem como manobra política.
O evento preza pelo suprapartidarismo e alguns articuladores têm pedido para que membros de partidos políticos evitem o uso de adereços.
Pautas futuras
Por todo o Brasil, se multiplicam o número de manifestações marcadas tanto nas grandes capitais quanto em cidades menores e as pautas de reivindicação se estendem com o crescimento da revolta popular.
O Tocantins sempre sofreu as consequências dos altos índices de corrupção nas instituições públicas do Município e do Estado que afetam diretamente a qualidade de vida da população. O movimento pretende continuar as reivindicações através de outros atos com temas relativos às desigualdades sociais, má distribuição, gerenciamento de recursos públicos e demais formas de abuso de poder em detrimento da coletividade no Estado através de denúncias.
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