Marconi relata R$ 78,5 mi em gastos com Saúde e diz que hospital é plano de Cinthia

Audiência de prestação de contas que ocorreu nesta terça, 25, foi aberta com a apresentação de relatório da Saúde de Palmas do primeiro quadrimestre de 2021 e teve duração de mais de cinco horas

Crédito: Chico Sisto/Câmara de Palmas

O secretário municipal de Saúde, Thiago de Paula Marconi, apresentou, nesta terça-feira, 25, relatório de despesas de respeitas da Saúde de Palmas nos quatro primeiros meses deste ano. Conforme o secretário, Palmas teve uma receita de R$ 87 milhões e um total de R$ 78,5 milhões em despesas líquidas no setor de Saúde.

 

Sobre investimentos, o secretário informou que a construção de um hospital municipal ainda está em planejamento. “Para a construção, o município pode fazer através de emendas, mas é preciso pensar no custeio do hospital, que exigirá muitos recursos, mas isso está no plano de governo da prefeita”, disse Thiago.

 

Segundo o secretário Thiago Marconi, do total de receita, R$ 43 milhões são de recursos próprios, R$ 41 milhões de repasses federais e R$ 3 milhões oriundos de repasses do Estado. O secretário executivo da Saúde municipal, Daniel Borini, mostrou o relatório com os gráficos e valores de cada ação da pasta. Borini apontou que, desse total de R$ 87 milhões, R$ 58 milhões são gastos com pessoal e encargos. A prestação de contas apontou que o município tem 3.308 servidores do Sistema Único de Saúde (SUS).

 

O relatório também mostrou que as despesas na Saúde em Palmas giram em torno de R$ 27 milhões com ações como atenção básica, vigilância sanitária, atendimentos de média e alta complexidade, desenvolvimento científico, além da parte administrativa do setor.

 

As informações foram repassadas aos vereadores e representantes do Ministério Público do Estado, Tribunal de Contas, Defensoria Pública, Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Tocantins, Conselho Municipal de Saúde e Sindicato dos Servidores do Município presentes da audiência pública, dirigida pela vereadora Janad Valcari, presidente da Câmara.

 

Pandemia

 

A respeito do cenário epidemiológico com o enfrentamento da Covid-19, os secretários titular e executivo da Saúde explicaram que são 433 dias de pandemia, desde o primeiro caso em Palmas, e hoje são 40.519 notificações para a doença. Destas, somam-se 508 óbitos e são 36.562 casos recuperados. Daniel Borini falou das taxas de internação, letalidade e mortalidade causadas pela Covid-19. A letalidade é de 1,24%, considerada a menor entre as capitais brasileiras.

 

Imunização

 

O secretário executivo relatou que Palmas recebeu 79.168 recebidas doses de vacinas contra a Covid-19 e 69.676 delas foram aplicadas. “Por orientação do Ministério da Saúde e do Governo do Estado, o município precisa ter uma reserva de vacinas para garantir a aplicação da segunda dose na população que recebeu a primeira”, explicou Daniel, justificando as pouco mais de 9 mil doses que restam na conta entre vacinas recebidas e vacinas aplicadas.

 

Do total de vacinas aplicadas na Capital, o relatório apontou que 51.354 palmenses receberam a primeira dose e 18.322 já foram vacinados com a segunda.

 

Daniel Borini apresentou o Coronômetro com dados sobre os momentos da pandemia. Conforme os gráficos, ocorreram dois picos alarmantes de casos em Palmas, sendo o primeiro no mês de agosto de 2020, com 1.921 casos em uma semana e o segundo pico há cerca de um mês, com 2.111 casos no período de uma semana.

 

Daniel explicou que, durante esses picos, também chamados de onda, o agravamento da pandemia exigiu ações urgentes da gestão. “Na primeira onda, o tempo de internação foi de 25 dias e a segunda onda, esse tempo é de 45 dias. Na primeira, os idosos eram as principais vítimas, hoje são os jovens”, lamentou o secretário executivo, lembrando que em Palmas também são atendidos pacientes de outros municípios. As estatísticas mostram que, em 2020, 25% dos pacientes eram de outros municípios e atualmente é equivalente a 50% do total atendido na Capital.

 

Presentes

 

Estavam presentes e participaram com pronunciamentos e perguntas, além da presidente da Casa, Janad Valcari, os vereadores Rogério de Freitas, Moisemar Marinho, Laudecy Coimbra, Solange Duailibe, professora Iolanda Castro, Juscelino, Folha, Eudes Assis, Joatan de Jesus e Filipe Martins.

 

Antônio Granjeiro Saraiva, presidente do Conselho Municipal de Saúde, Heguel Belmiro Souto de Albuquerque, presidente do Sindicato dos Servidores do Município de Palmas (Sisemp) e Renata Andrade Moreira e Luiz Fernando Amaral, também do Conselho Municipal de Saúde, o Promotor de Justiça Thiago Ribeiro Franco Vilela; conselheiro e Corregedor Geral do TCE/TO, Severiano Costandrade; Defensor Público Freddy Alejandro S. Antunes e o advogado Ulisses Nogueira Vasconcelos, presidente da Comissão de Saúde da OAB/TO, também estavam presentes e fizeram suas ponderações e perguntas ao secretário Thiago Marconi.

 

A audiência pública também contou com a participação de Maria Bonfim Cavalcante e César de Carvalho, moradores de Palmas que se inscreveram para participar. Cada um fez suas considerações sobre a Saúde na Capital e elogiaram os profissionais que atuam nos postos de Saúde e o SUS.

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