Médicos participam de Fórum sobre tratamento de câncer de próstata, em Palmas

O tema principal do evento foi o uso de hormônios para o tratamento da doença, que é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens

Palestra aconteceu no Centro Oncológico de Palmas
Descrição: Palestra aconteceu no Centro Oncológico de Palmas Crédito: Ascom

Um grupo formado por médicos urologistas, cirurgiões oncológicos, oncologistas clínicos e clínicos gerais da capital participou na manhã de sábado, 16, do Mini – Fórum “Atualização em Câncer de Próstata Avançado e Localmente Avançado; Uso Análago de LHR,” ministrado pelo Dr. Enaldo Melo de Lima, que trouxe como tema principal o uso de hormônios para o tratamento de câncer de próstata. O medicamento que já está disponível no sistema privado e também no sistema público de saúde atua bloqueando a produção de testosterona, que no caso do câncer de próstata é o que faz a proliferação da célula tumoral. “O que trouxemos de novo foi um histórico específico desse grupo de medicação hormonal, a respeito da eficácia, de como usar, tempo de uso e custeio”, afirmou o palestrante.

 

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, (INCA), no Brasil o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de cânceres.  Mais do que qualquer outro tipo o câncer de próstata é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte. A grande maioria, porém, cresce de forma tão lenta (leva cerca de 15 anos para atingir 1 cm³ ) que não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem.

 

Segundo o oncologista clínico Dr. Jorge Saade o procedimento com a utilização de hormônios é muito eficaz é já é aplicado no Tocantins, principalmente em casos onde a doença não é detectada precocemente. “No Brasil, o diagnóstico em geral é feito em fases mais avançadas, o que faz com que cerca de 80% dos pacientes precisem utilizar a tecnologia de tratamento para o controle parcial da doença”, afirmou.

 

Para o médico urologista Dr. Marcelo Martins Franco Carneiro a atualização foi é muito bem vinda “É um ganho para a urologia do Tocantins, que tem uma demanda crescente. Apesar da prescrição dos medicamentos ser feita pelo oncologista clínico nos precisamos estar bem informados sobre os procedimentos para acompanhar cada caso com mais propriedade”.

 

E quando se fala em eficácia, a prevenção aparece em primeiro lugar, é o que afirma o urologista Dr. Adelmo Aires Negre que também participou da palestra. “Não podemos deixar de destacar o papel da mulher, esposa, filha, sobrinha, amiga; são elas quem ajudam a conscientizar os homens sobre a importância do exame, que precisa ser feito anualmente, após os 50 anos e em casos de risco genético após os 45.  

 

Perfil

Dr. Enaldo Melo de Lima: Oncologista clínico graduado em medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais, com especialização na Santa Casa de Belo Horizonte, coordenador do serviço de oncologia da Rede Materdei de Saúde de Belo Horizonte; membro da Câmera Técnica do Conselho Federal de Medicina. Foi presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica por dois mandatos. Um dos palestrantes mais bem conceituados do país no que se refere a tratamento de câncer, diagnóstico e prevenção de câncer. 

 

A palestra foi oferecida gratuitamente pelo Centro Oncológico de Palmas em parceria com o Laboratório Astrazeneca.

 

 

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