Daqui a 216 dias a comunidade indígena mundial celebrará em Palmas, no estado de Tocantins, a tradição e a cultura no maior evento esportivo voltado às diferentes comunidades tradicionais. Nesta sexta-feira, 13, o ministro do Esporte, George Hilton, esteve na cidade para conferir o andamento da preparação da capital tocantinense, visando a primeira edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI), que está marcado para 18 a 27 de setembro. O evento vai acolher etnias de 30 países.
“É um momento histórico receber a primeira edição dos Jogos. A competição é uma grande oportunidade para mostrar a rica diversidade do país. Ao receber delegações de várias partes do mundo poderemos mostrar, além do espetáculo esportivo, a nossa cultura, o lazer e o fomento ao turismo. Tenho certeza que Palmas vai crescer e se desenvolver ainda mais com a realização dos Jogos”, disse o ministro George Hilton.
São esperados cerca de 2 mil atletas indígenas para os Jogos Mundiais. Entre as instalações que estão sendo implantadas na aldeia do mundial estão, alojamento das etnias brasileiras, a Oca Digital e dos Saberes, museu do índio e feira de artesanato.
Tocantins conta com uma população indígena de cerca de 10 mil pessoas, de sete etnias, com cultura e tradições preservadas. O prefeito de Palmas, Carlos Franco Amasha, ressaltou que a presença do ministro George Hilton nesta fase de preparação é fundamental para mostrar o compromisso do país com o evento de porte mundial. “O ministro conheceu e viu a paixão e a empolgação de toda a cidade com o esporte e com os Jogos Mundiais Indígenas. Estamos falando do maior evento esportivo em 2015, organizado por brasileiros para o mundo. E ainda de um evento que Palmas será a primeira sede mundial”, disse Amasha.
A concepção do projeto dos Jogos levou em consideração a praticidade das obras, mas também a logística da competição. “Tudo aquilo que mostramos para o ministro em Brasília agora ele está vendo acontecer. As instalações são próximas e a aldeia Brasileira será na outra margem do rio, muito perto das instalações para facilitar a logística dos Jogos”, explicou o secretário da Secretaria Extraordinária dos Jogos Indígenas, Hector Franco.O secretário acrescenta que o Estádio Nilton Santos, sede das partidas de futebol no evento, passa por uma reforma que segue o padrão exigido pelo Estatuto do Torcedor. “A reforma vai levar qualidade para as pessoas que irão participar dos Jogos Mundiais, e também aos fãs do esporte do Estado. Boa parte do que estamos fazendo ficará para a cidade para que faça parte do eixo de desenvolvimento”.
Os Jogos
Com o lema: “Em 2015, somos todos indígenas”, a primeira edição do evento será a celebração da cultura nativa, diversidade, arte e tradição, em 13 dias de evento de competições no mês de setembro. A programação conta com esportes indígenas, que se dividem em jogos tradicionais demonstrativos e jogos nativos de integração, além dos esportes ocidentais competitivos, que também tem a característica de unificação das etnias e povos indígenas.
Segundo George Hilton, um evento esportivo mundial na cidade de Palmas mostra que o Brasil tem que continuar fomentando grandes competições em diferentes regiões do país. “Não é somente a região Sudeste que pode desenvolver grandes eventos. Temos que levá-los também para o Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil. Precisamos democratizar a agenda esportiva que hoje se concentra nos grandes centros. Para isso, o trabalho realizado aqui em Palmas de infraestrutura da cidade e de mobilidade – que conta com o apoio dos governos estadual e federal - é fundamental. Queremos que o país seja uma potência esportiva de forma sustentável”, acrescenta o ministro.
Legado esportivo
Durante a agenda na cidade, George Hilton participou também do lançamento do Circuito Virgílio Coelho de Corrida de Rua 2015, que será promovido pela prefeitura de Palmas e contará com 11 corridas. A proposta é incentivar a prática da atividade física no município. O evento de abertura será a Corrida Feminina, no dia 7 de março.
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