Modelo de Educação Infantil implantado na Capital é referência nacional

O empenho do poder público municipal em ofertar educação infantil de qualidade teve início em 1997, ano em que as primeiras creches da Capital eram geridas pela então Secretaria de Ação Comunitária.

Crédito: Divulgação Secom Palmas

Palmas chega aos 34 anos neste 20 de maio e se consolida como uma das melhores cidades do País para se viver. Tudo isso graças aos investimentos públicos que contribuem para a qualidade de vida de seus moradores. Um dos grandes destaques é na área da Educação, inclusive infantil, com a rede municipal de ensino sendo referência tanto em infraestrutura quanto na proposta pedagógica inovadora e inclusiva. Ao longo dos anos, gestores de diversos municípios brasileiros visitaram a Capital para conhecer de perto o modelo aplicado aqui, e buscar inspiração para elaborar a proposta curricular e pedagógica em seus municípios. 

 

A Educação Infantil, por exemplo, que atende crianças de seis meses a cinco anos e 11 meses, conta com Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis), que foram estrategicamente pensados, planejados e construídos para atender com excelência esse público. E foi pensando em oferecer uma educação que primasse pelo desenvolvimento integral da criança que a Prefeitura Municipal construiu uma rede de unidades educacionais composta, atualmente, por 34 Cmeis, que atendem cerca de 13 mil crianças. 

 

As primeiras creches construídas

O empenho do poder público municipal em ofertar uma educação infantil de qualidade teve início em 1997, ano em que as instalações das primeiras creches construídas na Capital passaram a ser administradas pela então Secretaria de Ação Comunitária, que ofertava um atendimento baseado em uma visão assistencialista. Antes deste período, o atendimento educacional infantil era de responsabilidade do governo estadual.  

 

Foi só a partir do ano de 2001, que as cinco creches que existiam na época, Ciranda Cirandinha, localizada na região Norte da Capital, Aconchego, Recanto Infantil e Miudinhos, na região Sul, e Cantinho Feliz, no distrito de Taquaruçu, passaram a ser de responsabilidade da Secretaria Municipal da Educação, Cultura e Esportes, conforme disposto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) nº 9.394/96, transferindo o cunho de instituição assistencialista para educacional, vinculando professores com habilitação em Magistério e graduação em Normal Superior e Pedagogia.

 

O primeiro Cmei

 

Selecionada como primeira diretora do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Ciranda Cirandinha, Judite Dall'Agnol, conta que a unidade possuía apenas três salas de aula, atendia cerca de 70 crianças, filhos das mães trabalhadoras e o atendimento era feito com cunho assistencial, baseado no cuidar e não no cuidar e educar como proposto pela LDB de 1996.

 

Segundo Judite, até o ano de 2001, os educadores que atuavam na rede, na grande maioria, não tinham formação profissional na área. A partir de então, a Secretaria da Educação passou a investir na formação e gradativamente substituindo a equipe por profissionais da área educacional com formação voltada ao atendimento infantil. “Nessa época, participamos de uma formação sobre os Parâmetros Curriculares Nacionais da Educação Infantil com o intuito de formar os professores para essa modalidade do cuidar e educar, dentro de um atendimento mais voltado ao desenvolvimento das crianças como recomendado pela LDB”, conta.

 

Após assumir a gestão da Educação Infantil, a pasta passou a receber recursos financeiros para as reformas e aquisição de móveis que oferecessem os padrões mínimos de atendimento com qualidade. “Eu lembro que uma das primeiras coisas que fizemos foi tirar os berços, porque as crianças não tinham liberdade de se movimentar, não tinha muito espaço para elas desenvolverem atividades motoras. Fomos mudando gradativamente e as estruturas foram seguindo os padrões de qualidade à infância, que prima pelo desenvolvimento integral das crianças”, relembra com entusiasmo.

 

A ex-gestora destaca ainda que outro aspecto fundamental para o avanço na qualidade do atendimento educacional foram as imersões dos educadores em outros estados e países, a exemplo de Curitiba, Belo Horizonte, São Paulo, Goiânia e Reggio Emilia, na Itália, com o objetivo de conhecer outros modelos. “As imersões fora de Palmas, em especial a Reggio Emilia, que é reconhecida mundialmente como uma das melhores propostas educativas para a primeira infância, bem como, os diversos seminários e formações mediados por renomados autores da educação infantil, contribuíram muito para o amadurecimento dos profissionais da educação e para a formatação do modelo de atendimento educacional infantil adequado à nossa cultura adotado aqui”, destaca.

A consolidação da política de educação infantil em Palmas passou por diversas mudanças ao longo desses 34 anos até se transformar numa rede de referência. Desde as primeiras creches até hoje, houve um avanço considerável tanto no número de prédios educacionais, quanto no número de crianças atendidas. 

 

Avanços no Ciranda Cirandinha

Desde que passou a ser administrado pela Secretaria Municipal da Educação, o Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Ciranda Cirandinha, localizado na quadra Arno 31 (303 N), passou por diversas reformas e adequações em sua infraestrutura predial, transformando aquela pequena creche de apenas três salas, em uma unidade educacional completa que abriga espaços necessários e adequados ao atendimento da comunidade escolar. O Cmei atende cerca de 365 crianças da faixa etária de seis meses a três anos e 11 meses, em regime integral e parcial, com foco na qualidade e no desenvolvimento integral da criança em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social.

 

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