Movimento Pela Vida divulga programação com atividades gratuitas em Taquaruçu

As atividades ocorrem de 28 a 30 de junho e contam com a participação de mais de 60 multiplicadores voluntários das mais diversas áreas.

Crédito: Divulgação

A programação da 23ª edição do Movimento Pela Vida já está disponível para os participantes. O evento conta com quase 100 atividades gratuitas e com a participação de mais 60 multiplicadores voluntários das mais diversas áreas e será realizado nos dias 28, 29 e 30 de junho, no distrito de Taquaruçu.

 

A abertura, que contará com uma benção macro ecumênica, será realizada no dia 28 de junho às 19:30 na praça Maracaípe. A celebração contará com a presença de 15 líderes religiosos de diversas tradições, entre mulçumanos, católicos, evangélicos, Santo Daime, pastores, Hare Krishna e muitos outros. Também teremos a apresentação do coral da Unitins regido pelo Maestro Nivaldo Monteiro Camilo, além do Rito da Queima dos Tambores da TabokaGrande e com a apresentação da Dança de Xangô, realizada por Antônio Flávio Romano Coreógrafo e dirigente da Casa Guerreiros de Aruanda.

 

A Programação conta ainda com mais de 30 atividades, entre vivências, exposições e oficinas, gratuitas e abertas ao público. Essas ações ocorrerão principalmente nos turnos da manhã dos dias 29 e 30 de junho. São atividades em grupo e individuais que incluem ações ligadas à arte, à educação ambiental e a vivências espiritualistas. Mais de 40 multiplicadores voluntários mediam as atividades propostas por eles. São terapeutas, educadores e profissionais dos mais diversos segmentos, vindos do Tocantins e de outras partes do Brasil. Já no turno da tarde serão realizados os atendimentos.

 

A xamã Anna Xara é fundadora e coordenadora-geral da Escola Gaia de Xamanismo e Educação Ambiental, com sedes em Teresópolis (Rio de Janeiro) e em Natal (Rio Grande do Norte). Desde 2009, a Escola realiza várias práticas terapêuticas utilizando técnicas xamânicas ancestrais baseadas na conexão com os elementos da natureza. É a primeira vez que Xara participa do Movimento Pela Vida e nesta edição oferecerá três vivências, utilizando principalmente a medicina do Tambor Xamânico. “Se faz uma conexão, através do toque do tambor, com os nossos ancestrais e aí você recebe a cura do corpo, do espírito e da alma”, explica ela. Anna Xara voará por mais de seis horas, saindo de Natal, onde mora, para participar do evento em Taquaruçu. “Com certeza depois desse evento eu vou voltar, na bagagem, com grandes pedras preciosas que eu vou encontrar”, conta a xamã. 

 

Marília Sávia coordena o Clube de Leitura e Amizade, iniciativa que desenvolve a interpretação de texto utilizando livros clássicos e contos de fadas, principalmente com crianças e adolescentes. Na manhã do sábado, dia 29 de junho, a terapeuta mediará uma vivência de leitura inclusiva, que incentiva os participantes a lerem livros impressos como forma de desenvolver habilidades como atenção, memória e foco. A atividade contará com uma roda de leitura e contação de história, além de mostra de livros infantis. “Ao ler, o indivíduo desenvolve empatia, sabe dialogar e compreender o que é importante para sua vida, podendo cuidar de si, do próximo e da natureza”, afirma.

 

Na manhã do domingo, 30 de junho, os trilheiros Daniela Marins, Paulo Galeno e Janair Silva conduzirão o grupo de interessados pela trilha “Cuidando da Terra, Cuidando de Nós”. A pedagoga Daniela participa pela primeira vez do Movimento Pela Vida e conta que começou a fazer trilhas por uma necessidade de reconexão com a natureza em um momento desafiador da sua vida, a partir de então começou a ver a prática tanto como ferramenta terapêutica quanto como atividade de lazer. “A natureza, belíssima e cheia de vida em si, nos ensina a força e sabedoria pelo simples fato da sua existência”, relata ela. Janair é biólogo e realiza trabalhos de campo há muito tempo, mas nos últimos anos passou a trabalhar mais em escritório, e encontrou nas trilhas uma forma de manter contato com a natureza. Segundo ele, fazer a prática é uma maneira de educação ambiental informal. “A pessoa que faz trilhas aprende a tratar melhor os resíduos sólidos e a importância de não fazer queimadas, aprende a importância da fauna e dos recursos hídricos, aprende que a natureza, na sua forma natural, é perfeita e fundamental para a nossa existência”, conta. Durante o passeio, serão espalhadas “bombas de sementes nativas” pelo caminho, bolas de barro que potencializam a germinação de novas plantas. 

 

Ainda na linha da educação ambiental, o Instituto Ecoterra oferecerá na manhã do dia 30 atividades que estimulam a consciência ambiental por meio da arte e do audiovisual. Com a exibição de filmes sobre a temática no Cine Filhos da Terra e uma exposição virtual em 360º de pintura rupestre no Tocantins. Fernando Amazônia é integrante do Instituto e coordenador dessas ações. Ele conta que participa do Movimento Pela Vida desde a adolescência e que, nesta edição, tanto a sessão de cinema quanto as exposições trarão obras que tratam da temática da sociobiodiversidade. Para ele, essa perspectiva é importante “diante do cenário que a gente está vendo aí, cada vez mais caótico no planeta, fruto da ação humana”. Com relação à exposição virtual, Fernando diz que é uma oportunidade de “divulgação desse rico material que conta a história dos primeiros tocantinenses, bem antes da criação do estado e do território brasileiro”.

 

A programação da 23ª edição do MPV está disponível clicando aqui e também no perfil do Instagram da iniciativa (@movimento.pela.vida). O tema deste ano é “Cuidar de mim, cuidar de nós, cuidar da Terra”.

 

Sobre o Movimento Pela Vida

 

Criado há 24 anos, o Movimento Pela Vida é um coletivo integrado por pessoas de formações e interesses diversos, que atuam no sentido da celebração da vida em seus vários aspectos, como a saúde física, mental e espiritual das pessoas; as relações sociais mais harmoniosas e solidárias; o respeito à diversidade cultural e religiosa; na preservação ao meio ambiente; e nas iniciativas de inclusão social.

 

O MPV é uma frente voluntária de pessoas, entidades civis, empresas privadas e órgãos públicos mobilizados em prol de uma sociedade mais justa e solidária, dedicada ao bem comum e ao desenvolvimento sustentável.

 

Em 22 edições, já foram realizadas cerca de 3.500 atividades (uma média de 170 atividades por edição) e com um público estimado de 25 mil pessoas em atividades presenciais. Em 2020, quando o movimento aconteceu online, participaram cerca de 14 mil espectadores.

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