A promotora de Justiça Maria Roseli de Almeida Pery visitou na manhã desta quarta-feira, 30, o Hospital e Maternidade Dona Regina Siqueira Campos, em Palmas, para apurar denúncia de falta de leitos na Unidade de Tratamento Intensivo para recém-nascidos em estado grave. A denúncia apontava que dez recém-nascidos estariam sendo atendidos nos corredores da instituição.
Em reunião realizada durante a visita, a diretora técnica de saúde do hospital, Solange de Freitas Vieira, justificou que dos vinte leitos do hospital apenas dez estão sendo utilizados para atendimento aos recém-nascidos e que os demais leitos não estariam sendo utilizados devido à falta de médicos neonatologistas intensivistas.
Segundo a lei, cada profissional pode atender, no máximo, dez pacientes. "Se coloco mais do que dez crianças para um médico atender, aumento o risco de óbitos, pois todos os neonatos ficarão sujeitos a um atendimento deficitário", esclareceu a diretora.
Não foi encontrada nenhuma criança sendo atendida nos corredores do hospital conforme apontava denúncia, o quadro visto pela equipe do MPE foi de alguns bebês acomodados nos blocos cirúrgicos aguardando vaga nas UTIs.
Segundo a diretora de atenção e promoção à saúde da Secretaria de Saúde do Estado (Sesau), Morgana Martins dos Santos, existem vagas para os neonatais nos hospitais conveniados. Diante do fato, a promotora Maria Roseli exigiu que o processo de regulação dessas crianças e a transferência das mesmas fossem realizados imediatamente.
De acordo com Morgana Martins até o dia 5 de novembro todos os vinte leitos do hospital estarão em funcionamento, uma vez que o processo de negociação para contratação de novos médicos já foi iniciado.
(Com informações do MPE)
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