Mulher de 50 anos obteve reconhecimento de paternidade após a morte do pai, sem DNA

O reconhecimento de paternidade foi através de um acordo realizado com as quatro irmãs da mulher e intermediado pela Defensoria Pública

Defensoria Pública em Araguaína
Descrição: Defensoria Pública em Araguaína Crédito: Divulgação

Aos 50 anos de idade, uma moradora de Filadélfia teve a paternidade reconhecida oficialmente, em um caso atípico de reconhecimento post mortem, realizado sem exame de DNA. O reconhecimento de paternidade foi possível através de um acordo realizado com as quatro irmãs da mulher e intermediado pelo Núcleo Especializado de Mediação e Conciliação (Numecon) da Defensoria Pública em Araguaína. O acordo que permitiu o reconhecimento de paternidade foi firmado em 2017.

 

O caso desperta ainda mais atenção porque a moradora teve o Registro Geral (RG) expedido em 1988, documento que constava o nome da mãe e também do pai. No entanto, ao perder o documento e requerer a segunda via do mesmo, o cartório da localidade em que ela morava, em Filadélfia, informou que não poderia fazer constar o nome do pai, tendo em vista que o nome dele não estava na certidão de nascimento dela, bem como não constava o reconhecimento de paternidade nos assentos de nascimento.

 

Segundo a defensora pública Téssia Gomes Carneiro, a presunção relativa de paternidade, descrita no artigo 1.597 do Código Civil, vale somente para as situações matrimoniais.  No caso dos pais da assistida, que mantinham união estável, não foi possível à mãe, sozinha, registrar a filha. “Para proceder com o registro, atualmente, no caso do pai e da mãe falecidos, seria necessário na esfera litigiosa um exame de DNA, o que tornaria a perícia onerosa, apesar de haver previsão de gratuidade na lei. Mas provavelmente seria um processo muito longo. Já que as partes entraram em acordo, não houve custo e a demanda foi atendida rapidamente”, explicou. 

 

(Com informações da Ascom/DPE)

 

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