Mulher que raptou bebê em maternidade de Araguaína é presa em Miranorte com a criança

Com apoio da Comunidade, Polícia Militar prende acusada de rapto e resgata em Miranorte criança raptada em Araguaína

Mulher que raptou criança foi presa em ônibus na cidade de Miranorte
Descrição: Mulher que raptou criança foi presa em ônibus na cidade de Miranorte Crédito: Divulgação

Uma mulher de 36 anos foi presa na noite desta quinta-feira, 24, em Miranorte, após raptar uma criança recém-nascida em Araguaína. 


De acordo com a Polícia Militar, que atendeu a ocorrência, a mãe ligou pedindo socorro e contou que foi enganada quando estava na maternidade com o bebê. “Ela enganou a mãe da criança recém-nascida alegando que também era mãe de recém-nascido e que precisava de uma doação de leite materno para alimentá-lo, pois que não tinha leite em seu seio e pediu para que a mãe da criança fizesse uma doação. Para isso, ela se ofereceu para segurar o bebê enquanto a mãe foi fazer o cadastro de doadora. Quando a mãe retornou, a autora sumiu com a criança. Ela foi localizada e presa pela Polícia Militar em Miranorte-TO e a criança resgatada”, resume a Polícia. 

 

A PM recebeu o chamado por volta das 15h30. Segundo a mãe, uma mulher solicitou sua ajuda para que fizesse a doação no banco de leite do Hospital e Maternidade Dom Orione, em Araguaína, para que ela, a raptora, também pudesse alimentar seu bebê. 

 

Ao chegarem ao hospital, a autora do rapto pediu para segurar a filha da vítima enquanto esta iria realizar o cadastro e a doação, sendo que, após terminado o procedimento de doação, a mãe retornou onde teria deixado a autora com sua filha, não as encontrou mais. A mãe ainda procurou pela criança por determinado tempo, mas como não conseguiu localizar e pediu ajuda para a Polícia Militar.

 

Segundo a PM, foram realizadas diligências na região e logo que a  notícia se espalhou pelas redes sociais, uma pessoa que se encontrava em um ônibus que se deslocava pela BR-153 alertou ao motorista que acionou a Polícia Militar acerca de uma suspeita.  Os Policiais Militares constataram que se tratava da mesma mulher que raptou a criança e constataram pelas fotos também que era a criança raptada e, assim a resgataram.

 

"A acusada, mulher de 36 anos, estava com uma passagem rumo a Paraíso-TO. Ela alegou que “é mãe da criança e que a deu à luz há sete dias”, contudo, dá pra se notar que ela não possui leite para amamentar e a criança estava com muita fome, motivo pelo qual os militares providenciaram alimento para o bebê", informou a Polícia Militar ao T1.

 

A acusada recebeu voz de prisão e foi encaminhada para a DP de Plantão juntamente com a criança resgatada para as providências cabíveis.

 

Polícia Civil

 

Logo que foi acionada, a Polícia Civil iniciou buscas da suspeita com o bebê recém-nascido.  “No começo da noite, recebemos a informação de que a suposta autora teria estado na rodoviária de Araguaína e feito o deslocamento do bebê em ônibus intermunicipal com destino final em Uberlândia-MG. Passageiros teriam tido acesso ao alerta divulgado em mídias sociais pela Polícia Civil e, após noticiarem ao motorista a presença dos dois no veículo, foram acionados os serviços do 190 e efetivada a prisão em flagrante de Celma Gomes dos Santos pela Polícia Militar nas proximidades de Miranorte”, ressaltou o delegado-regional de Araguaína, Fernando Rizério, responsável pela investigação.

 

A Polícia Civil reforçou a informação de que a criança estaria há horas sem alimentação e após ser resgatada, foi deixada aos cuidados do Conselho Tutelar e a investigada encaminhada à Central de Atendimento da Polícia Civil em Miracema do Tocantins, onde foi autuada em flagrante delito. Agentes da Polícia Civil de Araguaína fizeram o deslocamento da mãe, de Araguaína à Miracema do Tocantins, para o encontro com a filha.

 

Ao final do procedimento policial civil, Celma Gomes dos Santos poderá ser indiciada por subtração de incapaz, associada a outras práticas criminosas, se demonstrada sua materialidade e indícios de autoria, como identidade falsa (a investigada teria apresentado sobrenome distinto na unidade de saúde) e/ou maus tratos, pelas privações pelas quais o bebê foi submetido.

 

Comentários (0)