O dia 09 de março ficaria marcado para sempre na vida da dona de casa, Maria de Jesus, 58 anos. Moradora de Colinas, região norte do Tocantins, ela e o genro voltavam de um jantar em Tiririca, distrito de Brasilândia, quando sofreram um grave acidente de transito na BR-153. Nesta segunda-feira, 16, um ano e dois meses após o acidente ela voltou até a 2ª Cia de Bombeiros de Colinas, para comemorar o aniversário com os bombeiros que fizeram o seu resgate.
“Chovia muito e estávamos no carro apenas meu genro e eu. Quando percebemos havia uma árvore caída na pista e no sentido contrário vinha uma carreta bitrem. Foi em questão de segundos, meu genro não teve opção, se não, jogar o carro em cima da árvore. Graças a Deus ele não sofreu nenhuma lesão, mas eu fraturei três costelas, o fêmur e todo o lado direito do meu corpo ficou muito machucado. Como sou portadora de marca-passo minha preocupação é que viesse a ter algum problema cardíaco”, relembra Maria de Jesus.
A equipe de socorristas dos bombeiros formada pelos soldados André Santos, João de Deus e Juscelino Montel foram os responsáveis pelo resgate. “Quando chegamos, a vítima estava consciente, porém muito nervosa, fizemos o atendimento padrão, mas sempre tentamos dar o nosso melhor. O carro onde eles estavam ficou totalmente destruído, praticamente dobrou ao meio”, conta o soldado Santos.
“No momento em que eu estava ali no meio daquilo tudo eu não conseguia falar, mas tem horas que nossa fé é maior, fiz um propósito com Deus, que se ele permitisse que alguém viesse me tirar dali e me salvasse que eu voltaria para agradecer. Foi então que os bombeiros chegaram e prestaram o socorro com muito carinho, amor e solidariedade. E hoje tenho muita alegria e felicidade porque mais uma vez me receberam de braços abertos, foi muito bom, só tenho a agradecer”.
A comemoração do aniversário teve direito a bolo, docinhos e o tradicional parabéns. Dona Maria de Jesus também conheceu as dependências da 2ª Cia e as viaturas utilizadas no serviço. Durante a comemoração, também reservaram um momento para agradecer a Deus e aos militares que participaram do resgate. “Não é todo mundo que volta para dizer obrigado, só fizemos o nosso papel, mas ver um gesto tão bacana como esse, de alguém que tirou um tempo que era dela para passar conosco, nos deixa muito feliz”, descreveu Santos.
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