Desafios enfrentados por brigadistas florestais do Corpo de Bombeiros do Estado do Tocantins foram relatados ao Portal T1 Notícias. Há pelo menos 15 dias, membros da equipe de 80 profissionais, que atuam na linha de frente do combate aos incêndios na região de Taquaralto/Taquaruçu, relatam a necessidade de mais Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), veículos de combate, maquinários, alojamentos adequados e até mesmo vestimentas apropriadas para o trabalho.
"Estamos perdendo irmãos, porque não temos a instrução adequada e não temos a profissão registrada com seus direitos humanos resguardados", diz uma das narrativas. Além disso, de acordo com informações não oficiais, os salários dos brigadistas, que deveriam ser pagos até o quinto dia útil do mês, estão atrasados. A responsabilidade pelo pagamento é atribuída à Secretaria da Fazenda, que segundo os relatos, têm repassado os valores de forma recorrente com atrasos.
A equipe do Portal T1 Notícias entrou em contato com o Governo do Tocantins para obter esclarecimentos sobre a falta de equipamentos e os atrasos nos pagamentos dos brigadistas. Até o momento, as respostas das autoridades competentes não foram encaminhadas, apesar de uma solicitação anterior ter sido enviada no dia 19 de agosto. O espaço segue aberto para resposta.
Dados
No consolidado de janeiro a 27 de agosto deste ano, o Brasil apresenta, conforme dados do sistema de monitoramento via satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), 112.392 focos de incêndio. No ranking dos estados que mais queimam, o Tocantins encontra-se em quinto lugar com 7.562 focos registrados. Em primeiro lugar está o Mato Grosso, com 21.492, seguido do Pará, com 15.386, Amazonas com 13.135 e Mato Grosso do Sul, com 9.648 registros. Confira dos dados no site do BD Queimadas do Inpe.
Comentários (0)