Nova perícia comprova que vice assinou nota de R$ 6 milhões, mas que não a preencheu

O resultado da assinatura tinha sido apontado por uma primeira perícia. Só que a defesa do vice-prefeito solicitou e pagou por uma nova análise da nota promissória

Crédito: Da Redação

Uma segunda perícia, realizada pela períta criminal Marcia Alves de Carvalho Calvalcante, aponta que Leto Moura Leitão Filho (PR), acusado de ser o mandante da tentativa de homicídio contra o prefeito Elson Lino de Aguiar (MDB), realmente assinou uma nota promissória no valor de R$ 6 milhões. Contudo, nessa nova análise, ficou apontado que o preenchimento do documento foi feito por uma outra pessoa.

 

Conforme um dos envolvidos no crime em depoimento à polícia, o empresário Paulo Henrique Souza Costa, o documento teria sido dado como garantia do pagamento pela autoria do atentado contro o prefeito.

 

Sobre a assinatura de Leto Moura na nota promissória, o mesmo resultado havia sido demonstrado na primeira perícia, feita pela Polícia Civil do Tocantins. Esta segunda perícia foi solicitada pela defesa do vice-prefeito, que pagou por uma nova análise da nota promissória.

 

O caso

 

O crime aconteceu no dia 09 de janeiro de 2019, quando Gustavo Araújo, supostamente a mando de Leto Moura, foi até a residência do prefeito Elson Lino e disparou três tiros contra a vítima, dois no rosto e um no braço. O vice-prefeito teria pago R$ 10 mil pelo crime conforme denúncias do Ministério Público Estadual. O gestor ficou internado no Hospital Geral de Palmas (HGP) até receber alta. Conforme a Polícia Civil, a divisão de R$ 800 mil, possivelmente desviados dos cofres públicos da prefeitura, teria sido o motivo para o vice-prefeito da cidade ter encomendado a morte de Elson Lino. Letim Leitão teria ficado insatisfeito com o montante repassado para ele.

 

O empresário Paulo Henrique e Kelly Fernanda são suspeitos de fazer a intermediação entre o político e Gustavo.

 

Preso ainda em janeiro, Leto recebeu alvará de soltura do juiz substituto José Ribamar Mendes Júnior, no mês passado. Ele estava preso na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP). O magistrado também determinou a soltura de outros dois investigados por supostamente intermediar o crime, Paulo Henrique Sousa e Kelly Fernanda Carvalho. Apenas o atirador confesso, Gustavo Araújo da Silva, vai continuar preso até o fim do julgamento.

 

Depoimento

 

O empresário Paulo Henrique Sousa Costa, preso suspeito de participar do atentando contra o prefeito de Novo Acordo, disse à Polícia Civil, durante um depoimento, que o vice, Leto Moura Leitão Filho conhecido como Letim Leitão, teria oferecido R$ 6 milhões para que ele assumisse a culpa pelo crime.

 

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