A Operação Nobésio deflagrada neste sábado, 18, em São Valério do Tocantins desarticulou um dos maiores fabricantes de metanfetaminas do centro-norte do país. A operação foi realizada conjuntamente pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Tocantins (Gaeco/MPTO), Departamento de Narcóticos da Polícia Civil do Tocantins (Denarc/TO), Comando de Operações de Divisa da Polícia Militar de Goiás (COD/GO), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Comando de Operações de Divisa (COD) da Polícia Militar do Tocantins (PM-TO).
Durante a operação quatro traficantes foram presos e cerca de 5000 comprimidos de arrebite, droga ilegal da família das anfetaminas usadas principalmente por caminhoneiros, foram apreendidos. A operação desativou o laboratório usado pelos criminosos e apreendeu armas, além de materiais e insumos usados para a fabricação da droga.
Segundo informações da Gaeco/MPTO, o material apreendido era suficiente para fabricação de 20 mil comprimidos. Estima-se que a produção mensal atingia 100 mil compridos e os criminosos faturavam cerca de R$ 100 mil por mês com a venda ilegal de arrebites para cidades dos estados do Tocantins, Goiás, Mato Grosso e Maranhão.
Chamou atenção das forças de segurança o aparato utilizado pelos traficantes. O laboratório possuía máquina de prensagem, formas, embalagens para encarte, máquina de embalagem a vácuo e enorme quantidade de insumos. Além disso, foram encontrados e apreendidos sacos de compridos in natura, prontos para serem embalados e traficados pelos criminosos.
Nobésio
O nome da Operação Nobésio faz referência a um dos princípios ativos da anfetamina. A metanfetamina também é conhecida como rebite, arrebite ou bolinha. A droga é um estimulante que atua diretamente no sistema nervoso central e faz com que as capacidades físicas e psíquicas fiquem mais rápidas por um determinado tempo. Porém o uso de arrebite causa dependência e diversas complicações de saúde, dentre elas, taquicardia, ansiedade excessiva e transtornos de personalidade. (Luiz Melchiades)
Comentários (0)