Palestrante há 22 anos, Tom Lyra se apresenta em faculdade da capital nesta 5ª

O evento é promovido pelo Centro Universitário UNITOP, no espaço da faculdade. A entrada será um 1 kg de alimento não perecível

Tom Lyra
Descrição: Tom Lyra Crédito: Divulgação

Palestrante há 22 anos, Tom Lyra se apresenta nesta quinta-feira, 20, em Palmas, para compartilhar suas experiências com um público formado por mais 700 estudantes e convidados. O evento é promovido pelo Centro Universitário UNITOP, no espaço da faculdade. A entrada será um 1 kg de alimento não perecível.

 

Prestes a completar 54 anos de idade, Tom Lyra é alto astral, sorridente e irreverente. Para a palestra “Você está aprendendo com a mesma velocidade com que as coisas estão mudando? ”, ele se apresentará de forma muito natural e espontânea. Nos palcos em que Lyra se apresenta, ele arranca risadas do público, mas também propõe reflexões muito pertinentes. 

 

Tom Lyra é óptico/optometrista, mas desde 2014  se dedica exclusivamente a palestrar e à política, uma de suas grandes paixões. A agenda dele contém em média 48 palestras por ano, realizadas no Brasil e exterior, em países como Estados Unidos, França, Espanha, Argentina, Chile, Uruguai, Panamá,Costa Rica, Ecuador, China, México, Portugal e Dubai.

 

Ela integra o ranking dos maiores palestrantes do segmento óptico no Brasil, segundo a revista convergência. Mais de 96 mil pessoas já assistiram às suas palestras no Brasil e no mundo .

 

Entrevista

 

Nesta entrevista exclusiva, ela comenta o cenário nas empresas após a pandemia e as perspectivas para o mercado de trabalho e empresarial no futuro, a presença da mulher no mercado de trabalho e seu ponto de vista sobre a automotivação.

 

Você diz que as empresas passam por processo de “transformação nocauteante”. Especialmente após a pandemia, vimos mudanças marcantes, algumas, como o trabalho híbrido, já eram até previstas para o futuro, mas acabaram antecipadas. Como avalia o cenário empresarial atual?

 

Eu acho assim, que nós temos que estar abertos às mudanças que estão acontecendo. Então eu digo que a gente tem que ter cabeça de Waze. E o que é ter cabeça de Waze? Saber onde está, aonde vai chegar, saber mais ou menos, porque pode mudar. Mas se entre um ponto e outro, não deu certo, recalcula a rota, recalcula a rota, recalcula a rota. Recalcular a rota é a coisa mais importante que nós temos que ter hoje, mas fazer isso com leveza. Não pode ficar chorando, nossa, mas eu investi tanto nesse negócio ou nessa faculdade e não vai servir para nada. Não, não vai, vamos ver se serve para outra coisa, se não servir, deixa pra lá. Então, a mentalidade de startup, que é o seguinte, se não está funcionando, vamos pivotar. Não adianta você ficar lamentando, se gastamos errado, vamos ver se dá para levar para alguém, vamos para frente, temos que virar a página, nós temos que ter essa velocidade e capacidade de mudança. Ressignificar é muito importante para o futuro . E a gente já nasceu ressignificando, uma criança com 4 anos de idade, quando ela quebra um brinquedo, o que ela faz? Se a mãe estiver olhando, ela chora, se não estiver, ela ressignifica, o caminhão que quebrou vira duas casinhas, duas carroças ou ela vai brincar de outra coisa. É muito natural na gente ver o que eu posso fazer com o que não deu certo, criar outra coisa. Então, nós temos essa capacidade de ressignificar e nisso nós precisamos ter essa velocidade também.

 

Isso vem muito ao encontro de uma outra fala sua, que diz que ‘não é preciso entender o caos, mas usá-lo ao seu favor!’

 

Isso, é isso aí. Nós estamos vivendo num momento caótico e é no caos que nós temos que aprender, aprender a navegar nas incertezas. Mas na verdade isso não é novidade, nós sempre vivemos no caos, o caos foi a criação do mundo e, internamente,  a nossa biofísica é caótica. No fundo, a verdade é que nada tem garantia de nada.

 

Outro ponto você aborda sempre é a automotivação. Como praticá-la?

 

Não existe motivação, a gente sempre quer as coisas de fora para dentro, isso não existe, a motivação é de dentro para fora, então ninguém tira a sua motivação. Se você está desmotivada, tem que se perguntar o que está acontecendo? Acho que uma das grandes perguntas a se fazer é a seguinte: eu ainda quero estar nesse lugar? Isso aqui tem sentido para mim? O que eu estou fazendo aqui? Porque está na sua alma, não é na sua cabeça, você tem que perguntar para o seu coração. É muito interessante porque a gente foi treinado a ficar muito no lógico, no racional, e a ficar sempre respondendo coisas para os outros, agradando os outros. E isso não funciona, não é por aí que chega a motivação. Isso engana, você pode até fingir um pouco, mas não sustenta. O que sustenta é aquilo que te dá sentido, o que te dá propósito, o que tem a ver com essa coisa que é maior, que está dentro de você, não tem nada que te tire essa força. Então, você fala assim, Tom Lyra , você está com 53, por que você não fica em casa e sossega? Não, não vou sossegar, porque eu acho que o que eu faço tem sentido para mim e tem sido para as pessoas, se eu não fizer isso, eu já morri.  Uma vez eu escutei um cara falando – ele era palestrante também – que ele queria morrer no palco palestrando. Eu falei nossa que exagerado. Mas hoje eu penso que realmente quando você faz uma coisa que tem sentido para você, tem uma vitalidade, é uma energia que te mantém vivo . Então, para complementar, a automotivação tem a ver com autoestima, com autoconhecimento, com autorrespeito. E eu vou falar uma coisa para você que está lendo essa entrevista, eu me olho nos olhos todos os dias pela  manhã eu me  aplaudo para dormir. Vou comprar uma alexa para eu só dizer Alexa, me aplauda. E ela vai soltar 50 mil pessoas batendo palmas para mim e eu vou para minha cama agradecendo. Quando eu durmo, eu tenho uns insights porque quando você dorme poderoso, você tem ideias e tem que escrever senão você esquece, eu faço isso. Quando eu acordo de manhã, vivo nesse corpo, eu falo gente do céu, Deus está me pedindo bis, porque eu me sinto bisado, porque tenho mais uma chance de sair na vida acontecendo, realizando o meu sonho. Eu durmo agradecendo pelo dia que eu tive e eu acordo comemorando que eu estou vivo, que eu vou ter mais um dia. Eu acho que a gratidão é a emoção mais importante. E hoje estamos estudando a gratidão, como faz bem imunologicamente para as pessoas. Então, continue grato, seja grato, isso é um santo remédio! É isso!

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