Palmas e o desafio de superar a crise econômica gerada pela pandemia

Segundo dados mais recentes do Caged, que são de março, a capital teve 1.750 desligamentos no setor de comércio e serviços

Um das principais avenidas comerciais de Palmas
Descrição: Um das principais avenidas comerciais de Palmas Crédito: Luciana Pires

Palmas completa seus 32 anos nesta quinta-feira, 20, e tem pela frente muitos desafios. Há pouco mais de um ano, o município enfrenta uma pandemia provocada pela Covid-19, que trouxe mudanças na vida da população e gerou crises, como a econômica.

 

A capital mais nova do país viu a cidade fechar algumas vezes e, assim como outros lugares, teve que buscar alternativas para reabrir e conviver com a nova realidade. 

 

Com o impacto na economia, a taxa de desemprego no Brasil foi se renovando e atingiu 14,4 milhões de pessoas no trimestre encerrado em fevereiro, o maior contingente desde 2012, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada no dia 30 de abril deste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Esse resultado representa uma alta de 2,9%, ou de mais 400 mil pessoas desocupadas frente ao trimestre anterior (setembro a novembro de 2020), ocasião em que a desocupação foi estimada em 14,0 milhões de pessoas.

 

Em Palmas, os dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) são do mês de março e mostram que houve 723 admissões e 707 desligamentos no setor de comércio da capital. No setor de serviços, foram 1.207 admissões e 1.043 desligamentos.

 

A respeito do cenário de fechamento das empresas, conforme dados do Ministério da Economia, de janeiro a março de 2021 foram extintas 751 empresas em Palmas. Os dados de fechamento refletem apenas CNPJs extintos, não considerando se a empresa está de fato em atividade.

 

Pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) divulgada em setembro de 2020, mostrava que os bares e restaurantes estavam trabalhando em média com menos de 50% dos funcionários que tinham antes da crise.

 

Ainda segundo a Associação, em em Palmas existiam cerca de 2.125 estabelecimentos do ramo (entre lanchonetes, bares, restaurantes e comércio de bebidas), que empregavam uma média de 10 funcionários, estes passaram a ter menos da metade, ou seja, mais de 10 mil desempregados no ramo à época.

 

Diante desses números e um cenário ainda incerto para os próximos anos, Palmas terá a missão de proporcionar mais geração de emprego e renda, principalmente para os jovens.

 

Endividamento

 

Os dados do SPC Brasil, monitorados pela CDL Palmas, mostram que atualmente 2.409 empresas estão com os CNPJs negativados na capital. A média de dívidas subiu de dois para três por empresa. Além disso, em abril, as vendas das empresas do comércio de rua diminuíram 9,4%.

 

Ainda conforme a CDL Palmas, os dados apontam que 40.152 palmenses estão com os CPFs negativados atualmente. “Isso representa aproximadamente R$62 milhões em valores que o comércio de Palmas tem a receber. O acumulado do primeiro trimestre (janeiro a fevereiro de 2021, em comparação a 2020) mostrou um aumento de 18,1% na taxa de pessoas com seus CPFs negativados”, destaca a CDL.

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