Em 13 anos, o número de brasileiros obesos subiu 67,8%, com o índice saltando de 11,8% em 2006 para 19,8% em 2018. Segundo dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, a cidade de Palmas, em contrapartida, figura na antepenúltima posição do ranking, entre as 27 capitais brasileiras.
De acordo com o estudo, a taxa de obesidade no país passou de 11,8% para 19,8%, entre 2006 e 2018. É um aumento de 67,%. Manaus e Cuiabá encabeçam a lista, com 23% da população enquadrada nesse perfil. A capital com o menor índice de obesidade foi São Luís do Maranhão: 15,7%.
Já Palmas conta com 16,3%, valor abaixo da média nacional. No entanto, para a nutricionista e tutora do curso de Nutrição da Unopar Palmas, Ana Júlia Barcelos, apesar da boa posição nesse ranking, os palmenses não podem se acomodar. “Palmas possui, naturalmente, grandes parques que foram adaptados para a prática de atividades físicas. É necessário continuar a incentivar a prática de atividade física, além de desenvolver mais ciclovias”, orienta a docente.
Segundo ela, entre os motivos que ocasionam o aumento no número de obesos no País, o principal é a falta de informações corretas. “Temos muita informação no mundo digital, mas os leigos não conseguem filtrar o que realmente é verídico ou não”, comenta, citando os hábitos mais comuns que levam à evolução dessa doença: ausência de atividade física e elevado consumo de alimentos pobres nutricionalmente, com alta concentração de açúcares e gorduras.
Para a especialista, é necessária uma revisão nos hábitos alimentares do brasileiro, com “maior ingestão de frutas e hortaliças, menor consumo de alimentos ricos em açúcar ou gorduras – ou seja, ultraprocessados – e maior frequência na prática de atividade física”. “Além de uma maior divulgação sobre alimentação saudável em vários meios de comunicação e nas unidades básicas de saúde (porta de acesso ao sistema público de saúde), onde encontra-se a maior parcela de obesos do Brasil”, encerra.
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