De acordo com dados da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) do IBGE, Palmas consolidou-se, pelo segundo ano consecutivo, como a capital brasileira com maior nível de ocupação, onde alcançou 70,3% em 2023. Esse índice supera em 12,7 pontos percentuais (p.p.) a média nacional, que foi de 57,6%. Em 2022, a cidade tocantinense também liderou o ranking, com 67,8%. Florianópolis (66,4%) e Goiânia (65,5%) figuraram entre as mais próximas de Palmas no ano passado.
No contexto estadual, o Tocantins registrou um nível de ocupação de 60,1%. Entre os fatores que contribuem para as diferenças entre os gêneros, a dedicação das mulheres ao trabalho doméstico e aos cuidados com familiares foi destacada, embora elas apresentem maior escolaridade em média. Na capital, o nível de ocupação masculino foi de 53,8%, contra 46,2% feminino.
Juventude e emprego no Tocantins
O estudo também revelou que 19,3% dos jovens tocantinenses, entre 15 e 29 anos, não estudam nem trabalham, taxa inferior à média nacional de 21,2%. A maior concentração ocorre na faixa etária de 18 a 24 anos, representando 24,0% do total. No entanto, o estado lidera na Região Norte com a menor proporção dessa população em situação de inatividade.
Redução da extrema pobreza
Em outro indicador, o Tocantins registrou uma queda na extrema pobreza, de 4,9% em 2022 para 4,2% em 2023. Essa é a menor taxa da série histórica no estado. Nacionalmente, a média também recuou, passando de 5,9% para 4,4%.
Desigualdade na moradia
Palmas também lidera em aluguéis residenciais, com 40,2% dos moradores vivendo em imóveis alugados, uma porcentagem muito próxima àqueles que possuem residências quitadas (40,5%). No Tocantins, a maioria (61,1%) reside em imóveis próprios e pagos.
Indicadores de saúde e infraestrutura
A pesquisa mostrou que o Tocantins teve uma taxa de 15,8 leitos de internação no Sistema Único de Saúde (SUS) para cada dez mil habitantes em 2023, o que significou um aumento de 4,6% na comparação com 2022, quando o estado tinha 15,0 leitos para a mesma quantidade de pessoas. No país, o número foi de 14,6 no mesmo período e de 14,3 na Região Norte,
Em relação aos dados de leitos de internação não SUS, o resultado foi de 51,2 para cada dez mil pessoas. O número é maior do que o registrado no Brasil, de 43,1, mas o decréscimo na comparação com os dados do próprio Tocantins foi de 13,6%, já que em 2022 a taxa alcançada no estado foi de 59,3 leitos.
Rendimento e qualidade de vida
Palmas registrou o maior rendimento médio habitual da Região Norte, com R$ 3.618 mensais por trabalhador. Esse valor corresponde a R$ 21,1 por hora trabalhada. No estado, o rendimento foi de R$ 2.526, com ganho de R$ 15,9 por hora. O levantamento também destacou avanços no acesso a bens e serviços, como internet (99,0% dos domicílios na capital) e automóveis (65,1%).
Educação e frequência escolar
O Tocantins apresentou taxas expressivas de frequência escolar entre as crianças de seis a dez anos, com 99,7% matriculadas. Entretanto, é o estado com a menor proporção de crianças em creches privadas (7,4%), enquanto Palmas apresentou o dobro desse percentual, com 14,8%.
Norte do Tocantins
A pesquisa teve recorte segundo estratos geográficos e, no Tocantins, algumas variáveis também foram questionadas no norte do estado. Das 667 mil pessoas que residem na região, 55,0% das que têm 14 anos ou mais de idade estão ocupadas e 6,9% das pessoas de 14 anos ou mais estão desocupadas. Neste estrato, ainda foi possível conferir que apenas 52,1% das pessoas com 18 anos ou mais tiveram, no mínimo, 12 anos de estudo.
O rendimento per capita menor que US$ 2,15 atingia 6,7% da população e, abaixo de US$ 6,85, 35,7% dos habitantes.
Em relação aos domicílios de quem vive no norte do Tocantins, a pesquisa mostrou que a proporção de pessoas que possuem máquina de lavar roupa em casa era de 49,0% e, de acesso à internet, 88,6% do número total.
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