Começou nesta quarta‑feira, 23, em Palmas, um curso do Ministério das Mulheres que ensina a operar o Sistema Nacional de Dados da Casa da Mulher Brasileira (UNA). A formação, voltada a equipes da rede de proteção local, estende‑se até sexta‑feira, 25, e prevê modernizar a gestão de informações, para agilizar e humanizar o acolhimento de vítimas.
Além do corpo técnico da Casa da Mulher Brasileira (CMB), participam do treinamento representantes da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, Secretaria Estadual da Mulher, Juizado Especializado em Violência Doméstica e Familiar, Ministério Público, Defensoria Pública e Guarda Metropolitana.
Ao longo dos três dias, a analista da Dataprev Nara Moraes conduz exercícios práticos para que os participantes vivenciem cada etapa do UNA — do registro inicial vinculado ao CPF da vítima ao acompanhamento integrado dos encaminhamentos. “O UNA possibilita o registro e o compartilhamento seguro de informações entre os órgãos envolvidos no atendimento, garantindo confidencialidade e proteção dos dados das mulheres atendidas", explicou.
Segundo Simone Cristina Souza, coordenadora‑geral de Prevenção à Violência contra as Mulheres, a base de dados unificada dará sustentação a políticas públicas calibradas por realidade regional. "O sistema vai acelerar o atendimento, evitar a revitimização e fornecer dados robustos e confiáveis, uma vez que é alimentado com base no CPF da mulher. Isso permitirá elaborar políticas públicas mais precisas e adaptadas às realidades regionais", afirmou.
Para Mariza Sales, secretária‑executiva da Mulher da Prefeitura de Palmas, a chegada do UNA sinaliza um salto de qualidade. “ “É um passo significativo na garantia de direitos e no fortalecimento das ações de combate à violência de gênero. Reforça o compromisso do governo federal com políticas públicas mais eficazes e humanas", disse.
Sobre o UNA
O Sistema Nacional de Dados da Casa da Mulher Brasileira conecta segurança pública, assistência social, saúde e justiça em uma plataforma única. Ele reúne registros, monitora medidas protetivas e gera relatórios em tempo real, permitindo intervenções mais eficientes e baseadas em evidências. A implantação ocorre de forma escalonada nos estados, com capacitações regionais como a que ocorre nesta semana em Palmas.
Comentários (0)