Palmense ganha medalha de ouro em uma das maiores olimpíadas de matemática do mundo

“Superou todas as expectativas”, comemorou João Vitor Gabino Guimarães, 14 anos, ao saber do resultado da 13ª edição da Olimpíada Canguru de Matemática Brasil

Crédito: Divulgação

O estudante de Palmas, João Vitor Gabino Guimarães, 14 anos, ganhou medalha de ouro na 13ª edição da Olimpíada Canguru de Matemática Brasil, a versão brasileira da Association Kangourou sans Frontières – AKSF, considerada uma das maiores olimpíadas de matemática do mundo, com cerca de quase 6 milhões de alunos participantes anualmente em mais de 80 países.

 

“Fui acordado pela minha mãe, radiante, que tinha visto nas redes sociais o post com a notícia da medalha de ouro na Olimpíada Canguru, fiquei muito feliz, sinceramente não esperava, pelos meus resultados anteriores, a minha meta esse ano era alcançar uma posição melhor, mas o ouro, superou todas as expectativas”, contou João Vitor, orgulhoso, ao T1 Notícias, ao lado da mãe, Ana Cláudia Gabino. “Me sinto orgulhoso de ter conquistado isso, já que sou um dos poucos tocantinenses que conseguiram ganhar a medalha de ouro em olímpiadas”, ressaltou.

 

João Vitor, que cursa o 9º ano, já havia sido contemplado com a medalha de Honra ao Mérito em 2018 pela participação na olimpíada no Brasil. O estudante conta, ainda eufórico com a classificação, que participa da Olimpíada Brasileira Canguru de Matemática desde 2018 e é a primeira vez que é classificado em primeiro lugar entre os participantes de todo o país. A prova aconteceu em 18 de março, no sistema on-line com duração de 1 hora para responder as 30 questões elaboradas em três níveis de dificuldade: crescente (primeiro terço da prova), básicas (segundo terço), que são mais complexas e o terceiro terço, que são questões mais desafiadoras e técnicas.

 

Ele atribui a classificação, além da experiência adquirida com a participação em olímpiadas anteriores, mas também ao apoio recebido de professores durante toda essa “carreira”. João relatou que, além de estudar, é preciso ter estratégia. “A prova em si não é tão difícil, mas quanto mais se adentra nela, mais atenção e pensamento lógico é exigido. Cada minuto do tempo de prova é importante, pois não só precisamos calcular ou exercer lógica sobre certas questões, mas também descansar nosso cérebro para que possamos chegar nas questões mais difíceis sem exaustão mental”, explicou o estudante.

 

Olimpíada Canguru

 

A Olimpíada Canguru de Matemática Brasil é a versão brasileira da Association Kangourou sans Frontières – AKSF e é organizada pela Upmat Brasil Educacional. É uma das maiores olimpíadas de matemática do mundo e no total participam quase 6 milhões de alunos anualmente.

 

O nome Canguru, Kangourou, em inglês, foi dado para prestar homenagem aos seus colegas australianos. Em sua primeira edição, há 13 anos, participaram 120.000 estudantes, atraindo a atenção do mundo todo.

 

Participação em olimpíadas escolares

 

João Vitor conta que participa de olimpíadas escolares desde o 6º ano, quando chegou à 2ª fase da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), “mas não consegui medalhas”, observa completando que “no meu sétimo ano do fundamental consegui honra ao mérito na Canguru, na minha primeira tentativa nessa olímpiada de matemática”.

 

A mudança na rotina das escolas e estudantes por causa da pandemia da Covid-19, foi lembrada pelo medalhista. Ele conta que mesmo com as aulas e provas on-line, participou de três olimpíadas: a Canguru, OBNQ (Química) e ONC (Ciências). “Na OBNQ fui qualificado para a segunda etapa, porém não fui avisado da data e perdi a segunda, e na ONC, novamente, alcancei a menção honrosa”, contou João Vitor. Ele também começou, junto com alguns colegas de sala, a Olimpíada de História, mas não conseguiram classificação para a terceira etapa.

 

Sobre o futuro, João Vitor dispara: “de agora para frente, vou tentar me esforçar para que possa me manter no nível. E mesmo que seja difícil, talvez melhorar minha pontuação geral”.

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