O reajuste na tarifa de transporte coletivo de Palmas pode acontecer no mês de julho passando de R$2,50 para R$2,86. Conforme informou o secretário de Mobilidade e Transporte, Cristian Zine Amorim, o Sindicato dos Trabalhadores no Transporte de Palmas (Seturb) encaminhou os custos com a proposta de aumento e a Prefeitura vai analisar qual é a real necessidade do aumento.
O secretário afirmou que não se pode fechar os olhos para os reajustes que aconteceram no decorrer dos últimos anos, mas que a Prefeitura está estudando mecanismos para não repassar esse aumento para os usuários. Os custos apresentados pelo Seturb serão analisados em planilha pela Prefeitura que deve calcular o seu valor de reajuste. "Nós temos várias demandas e situações que podemos tentar compensar e até mesmo descobrir se esse valor é real ou não".
Segundo Zine, o fato de a empresa apresentar os custos não significa que vai haver o aumento na passagem de ônibus, “isso é um TAC que foi feito entre a antiga gestão e o Ministério Público (MPE) em que todos os anos as empresas de ônibus devem apresentar para o Prefeito a demanda dos aumentos”. A Secretaria de Mobilidade tem prazo de 20 dias para analisar os custos apresentados pelas empresas de transporte público.
Após essa análise, a Secretaria vai submeter uma planilha de custos e valor de reajuste necessário feita pela Prefeitura ao Conselho de Mobilidade e depois ao Prefeito. "O Conselho também vai analisar conjuntamente a planilha. A Secretaria não vai impor, mas apenas destrinchar os custos apresentados pelas empresas em uma planilha com base em dados do Governo Federal. Vamos levar ao Conselho e dizer que o Sindicato apresentou esses aumentos, a Prefeitura identificou isso e nós vamos discutir", garantiu.
40 ônibus novos
O secretário negou que o possível reajuste tenha relação com a entrega dos 40 novos ônibus, feito pelas empresas de transporte público nesta semana. "A entrega dos ônibus era uma demanda de uma legislação que determina que a gente coloque ônibus todos os ônibus acessíveis até o final do ano de 2014 e uma solicitação do Prefeito porque a maioria dos ônibus de Palmas era ônibus de 1992", disse.
Gratuidade
Um dos maiores questionamentos do Legislativo quando se fala em reajuste da passagem de ônibus é referente a gratuidade concedida a algumas classes como Polícia Militar, Polícia Civil, Agente de Transito, Correios, IBGE, portadores de enfermidades, idosos e alguns estudantes, em detrimento dos outros.
Sobre isso, o secretário afirmou que "identificando a real necessidade de aumento nós queremos descobrir de onde poderemos tirar esse reajuste sem repassar para a população” e exemplificou o que fará no caso da PM: "existe uma Lei de que a Polícia Militar não paga. Então nós vamos descobrir qual é o impacto dessa gratuidade e vamos propor ao Estado do Tocantins que se eles quiserem manter essa gratuidade que o Estado e a PM arquem com esse custo dessa tarifa e não a população. Não podemos deixar que o indivíduo sobreponha ao coletivo. A empregada doméstica não pode pagar pelo policial militar”, concluiu o secretário.
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