A Comissão Pastoral da Terra (CPT) divulgou informações sobre um violento ataque de pelo menos cinco pistoleiros a cerca de 20 famílias que vivem no acampamento São Francisco, na Fazenda Paraná, no município tocantinense de Palmeirante. As últimas informações são de que a Polícia Civil e Militar estão monitorando a região e conseguiram afastar os criminosos, mas não há confirmação de presos.
De acordo com informações da CPT, o momento de terror no conflito por terras aconteceu há uma semana, na quarta-feira, 10. Os criminosos teriam chegado a obrigar um dos trabalhadores a cavar a própria cova, ameaçando matá-lo ali mesmo. O crime só não se consumou porque uma das lideranças da comunidade chegou a tempo de intervir e assustar os pistoleiros informando que a PM estava próxima do local.
Além da ameaça de morte, os pistoleiros queimaram e derrubaram os barracos das famílias, roubaram documentos pessoais, ameaçaram crianças e adultos com armas apontadas na cabeça e ficaram fazendo rondas na região até o dia seguinte, na quinta-feira, 11. Outro morador do acampamento, inclusive, relatou ter sido agredido com diversos golpes de facão pelo corpo.
CPT falou com Ouvidoria
A Ouvidoria Agrária Regional acompanha o caso de perto, segundo a CPT, tendo acionado a Delegacia Estadual de Repressão a Conflitos Agrários (DERCA) e o Programa Terra Legal – já que se trata de conflito em uma área da União. De acordo com a Ouvidoria Agrária Regional, o ataque ocorreu a mando do fazendeiro Etoni da Fazenda Paraná – que estava presente na ação. Os pistoleiros eram liderados por Antônio Gaguim e estavam armados de revólveres, espingardas e facões.
Região conflituosa
Segundo a CPT, as famílias camponesas que lutam por uma terra no município de Palmeirante convivem com a violência e pressão dos latifundiários há anos.
Conforme informou ao T1 Notícias o jornalista Rafael Oliveira, da CPT, o acampamento São Francisco não é assistido pela CPT, mas é vizinho ao acampamento Vitória, que faz parte da Comissão e também já foi alvo de ameaça de fazendeiros da região, assim como outros acampamentos circunvizinhos.
O Portal tentou ouvir o delegado da Delegacia de Conflitos Agrários, Ricardo Moreira, que cuida do caso, mas ele está viajando para a região. O T1 aguarda retorno da Polícia Civil sobre o caso.
(As informações são da CPT)
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