Picada de aranha pode ser a causa da morte do cantor Darlyn Morais; SES investiga

Cantor veio a óbito nesta segunda, 6, no HGP, após uma parada cardíaca; A suspeita é de que morte tenha sido causada pela picada de uma aranha marrom; a enteada dele foi picada e está internada

Darlyn Morais, 27 anos, morreu na manhã desta segunda, 6, no HGP
Descrição: Darlyn Morais, 27 anos, morreu na manhã desta segunda, 6, no HGP Crédito: Foto Arquivo pessoal

Uma picada de aranha pode ter ocasionado a morte do cantor de forró tocantinense, Darlyn Morais, 27 anos, na manhã desta segunda-feira, 6, no Hospital Geral de Palmas (HGP). A picada do aracnídeo, provavelmente uma aranha Marrom, mas, ainda, não confirmada, teria desencadeado uma reação alérgica, seguida de uma parada cardíaca. A enteada do cantor também teria sido picada e encontra-se internada  em Miranorte com quadro estável.



Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) informa que o paciente Darlyn Morais foi acolhido no Hospital Geral de Palmas (HGP), mas infelizmente foi a óbito, por causa ainda em investigação. Na nota, a SES-TO lamenta o ocorrido.



Nas redes sociais, fãs e amigos lamentam a morte de Darlyn, que deixa espósa e dois filhos. A esposa Jhullyenny Lisboa acredita que Darlyn e a filha, 18 anos, tenham sido picados em Miranorte. Os sintomas apareceram a pouco mais de uma semana. Darlyn apresentou manchas no rosto e a enteada está com uma ferida na perna.



Natural de Miranorte, Darlyn Morais levava a alegria do seu forró para várias cidades do Tocantins. O velório e o sepultamento devem ocorrer em Miranorte.

Sobre Aranhas
Os cuidados para evitar acidentes com aranha-marrom (loxosceles) devem ser redobrados nos meses de chuva. A Vigilância e Controle de Zoonoses de Palmas (UVCZ) informa que a melhor forma de prevenir a ocorrência de aranhas é a limpeza frequente das casas, especialmente nos locais onde elas costumam se esconder.
A aranha marrom tem hábitos noturnos. Aloja-se geralmente em locais quentes e secos: atrás de quadros, móveis, cortinas e rodapés; nas frestas em geral; sótãos e porões; em roupas penduradas, roupas de cama e banho e em locais pouco freqüentados ou empoeirados.



Para capturar presas e depositar seus ovos, constrói teias irregulares, com aspecto de algodão esfiapado. Não é agressiva, picando somente quando se sente ameaçada – ao ser pressionada contra o corpo da vítima, por exemplo.



 A picada da aranha marrom é praticamente imperceptível, o que dificulta a identificação das circunstâncias do acidente. Raramente a picada da aranha marrom forma lesão imediata. Os sintomas evoluem lentamente e nas primeiras horas lembram picada de inseto. O quadro pode evoluir para duas formas clínicas. A cutânea, que representa 99% dos casos, é caracterizada por em dor em queimação, edema endurado e eritema no local da picada, sintomas pouco valorizados pelo paciente. Os sintomas se acentuam entre 24 e 72 horas após o acidente.

 
Já na forma cutânea-visceral, a vítima apresenta palidez, icterícia e urina escura, sintomas que aparecem nas primeiras 36 horas após a picada. A evolução cutânea-visceral não tem sido registrada em Palmas nos últimos anos. Os casos graves podem evoluir para insuficiência renal aguda – principal causa de morte por loxoscelismo -, que surge de dois a cinco dias depois do acidente.

 
Cuidados

 
A vítima de aranha marrom deve aumentar a ingestão de líquido; manter a lesão limpa; evitar exposição ao sol e banhos quentes; retornar ao serviço de saúde nas primeiras 36 horas e, diariamente, até cinco dias, nos casos moderados. O paciente não deve manusear a lesão nem colocar produtos caseiros.


A população deve tomar os seguintes cuidados para se prevenir de acidentes com a aranha marrom: observar roupas e calçados antes de vesti-los; vistoriar roupas de cama e banho; fazer limpeza periódica atrás de quadros e objetos pendurados; manter os ambientes ventilados; eliminar teias; evitar o acúmulo de materiais de construção e vedar frestas ou buracos nas paredes.

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