Pioneiros recordam Educação e Saúde à época da criação e falam sobre evolução

A professora Berenice Barbosa lembrou das dificuldades na área da Educação na época em que a capital foi criada. Na Saúde, Odir relembra estruturação e Secretaria mostra dados que apontam evolução...

CMEI Pequenos Brilhantes na região Norte de Palmas
Descrição: CMEI Pequenos Brilhantes na região Norte de Palmas Crédito: T1 Notícias

“A primeira reunião para criação de escola foi debaixo de um pé de pequi”. É o que conta a professora Berenice Barbosa, atual secretária de Educação Municipal de Palmas e pioneira na cidade, sobre como era a Educação à época da criação da capital. Neste aniversário de 25 anos de Palmas, o T1 Notícias preparou uma reportagem especial sobre Educação e Saúde, dois serviços essenciais que cresceram junto com a história dos palmenses.

A reunião debaixo do pé de pequi foi para a instalação de uma das primeiras escolas da capital, a Escola Municipal Paulo Freire, na Quadra 305 Norte, antiga Vila União. A secretária lembra que quando chegou a Palmas começou a dar aulas em Taquaruçu e que, quando assumiu a Secretaria de Educação, em 1989, e em 1990 a Diretoria de Ensino Fundamental em Palmas, a cidade tinha poucas unidades: “tínhamos algumas escolas de palha, uma em Buritirana, outra em cima da serra, a Aprígio de Matos há alguns quilômetros daqui [Palmas]”.

Segundo Berenice a dificuldade era muito grande naquela época, principalmente com relação à falta de professores com formação necessária para lecionar. “A primeira visita foi feita a escola JK, em Lajeado, a dificuldade era tanta que nós fomos de carro, depois a cavalo e depois a pé para chegar até o local da reunião”, contou. Na época, tudo ainda era Palmas.

Nesta época, as primeiras escolas da capital foram sendo criadas. “A Crispim, Darcy Ribeiro, Estevão Castro, Benedita Galvão, que foi a primeira escola de Palmas, na época chamada Luiz Rodrigues, e outras. Também começamos a criar as primeiras leis para organizar a Educação”. O relato é de 1990, quando segundo a secretária se começou a mapear a necessidade de professores para a capital.

 

O salto na educação

Berenice Barbosa passou mais de seis anos fora e quando voltou, em 1998, encontrou um cenário diferente. “O crescimento foi fantástico. O nível dos professores era bem melhor, com profissionais na área”, disse. Para ela, o maior salto da educação foi dado na gestão do prefeito Raul Filho. “Nesses 25 anos, ele foi o primeiro a implantar as escolas de tempo integral, com certeza um salto na educação”.

 

Os desafios na Educação

Atual secretária, a professora Berenice admite que ainda ha muitos desafios pela frente. “A medida que a escola cresce a gente precisa se aprimorar. A educação aqui já tomou um outro patamar e esse é o nosso desafio”.

A professora afirma que uma dificuldade, por exemplo, é a passagem de um aluno do pré-escolar para a educação infantil, depois fundamental e médio. “Há uma quebra”, disse. Segundo a professora, pais e alunos sentem a diferença do estudo oferecido pelo ensino fundamental do Município, para o médio oferecido na capital pelo Estado. “Isso é muito comum” e afirmou que “é por isso que estamos propondo um reordenamento para o ensino de Palmas”, disse.

Outro desafio é ainda o déficit de unidades de educação infantil. A professora lembrou que mesmo com a inauguração de mais dois Centros municipais de Educação Infantil (CMEIs) e com mais sete novas em andamento, ainda há necessidade. Segundo ela isso se deve ao número de crianças que nascem em Palmas, “são 400 novas crianças por mês”.

A educação pública infantil em Palmas, segundo a professora, prioriza o atendimento à criança em situação de vulnerabilidade social. A professora, testemunha da história, finalizou seu relato desejando aos palmenses prosperidades.

Atualmente Palmas conta com 44 escolas municipais com 22.027 alunos do 1º ao 9º ano, mais 1.838 da educação de Jovens Adultos (EJA), totalizando 23.865 alunos. Hoje, 6.786 alunos estudam em escolas de tempo integral. Na educação infantil são 8.907 crianças matriculadas em 24 CMEIs. Outras 1.900 vagas foram abertas com o aprimoramento de escolas de educação infantil e está prevista a abertura de mais 1.700 vagas.

Palmas utiliza atualmente um sistema de cadastramento chamado SOCEI, que seleciona as crianças para vagas nos CMEIs. A Prefeitura admite que apesar do grande número de crianças cadastradas, ainda há 3.242 crianças no cadastro de reserva.

 

Saúde

Outra área que desenvolveu com o crescimento do Estado é a Saúde. Conforme relatos do ex-prefeito Odir Rocha, no início tudo era muito difícil, mas o atendimento a Saúde foi sendo estruturada para atender os primeiros habitantes da capital.

Atualmente, conforme dados da Secretaria Municipal da Saúde, há recursos no valor de mais de R$180 milhões para serem investidos na Saúde. Hoje Palmas conta com 32 unidades de Saúde, oito postos de saúde Rural, Ambulatório Universitário na Policlínica em Taquaralto, CCZ, quatro policlínicas, duas unidades de Pronto Atendimento - Sul e Norte, Centro sexual Reprodutivo, Centro de Atendimento Psíquico Social – Assistência em Saúde Mental (CAPS), Centro de Testagem anônima Henfil – AIDS e DST; Centro de Especialidades Odontológicas- CEO; Centro de Consultas Especializadas de Palmas - CECEP; Centro de Vigilância Sanitária- Visa; Samu- Serviço Móvel de urgência e Emergência; Farmácia Popular e 10 farmácias Municipal.

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