Prefeito contrata substitutos de professores e grevistas sinalizam greve de fome

No 15° dia de greve dos professores, prefeito decretou a contratação de servidores temporários para suprir as vagas na Educação; sindicato considerou ato arbitrário e sinalizou greve de fome

Professores estão há 8 dias acampados na Câmara Municipal
Descrição: Professores estão há 8 dias acampados na Câmara Municipal Crédito: T1 Notícias

O Prefeito de Palmas, Carlos Amastha decretou a contratação de mais de 500 profissionais para exercerem cargos específicos, na Secretaria Municipal da Educação, pelo período de 1º de agosto a 22 de dezembro de 2017. Em entrevista ao T1, Sindicato considera ato “arbitrário, covarde e insano” e adianta que cinco professores darão início a uma greve de fome, caso o gestor não dialogue com a classe.

 

Em ato publicado no Diário Oficial de Palmas desta terça-feira, 19, o gestor contratou pessoas para os mais variados cargos, substituindo assim os professores que paralisaram as atividades. Os cargos contratados são: Agentes Administrativos Educacionais; Professores Nível I e II; Técnico Administrativo Educacional; Monitor de Atividade de Jornada Ampliada Nível II; e Monitor de Desenvolvimento Infantil.

 

Em entrevista à imprensa na manhã desta última terça-feira, 19, Amastha já havia adiantado que contrataria servidores temporários. “A partir de sexta-feira, 100% das escolas estarão funcionando normalmente, pois faremos a contratação de mais de 500 profissionais para as unidades escolares", informou.

 

Ainda durante a entrevista, o prefeito anunciou que vai cortar o ponto dos grevistas. "Se a greve foi declarada ilegal, volte para o trabalho e bata o ponto. São quinhentos pais de famílias que foram usados politicamente e serão penalizados pelo corte de ponto por falta ao trabalho", alertou.

 

Sindicato

Nesta quarta-feira, 20, a greve dos professores municipais completa 15 dias, sendo o oitavo dia de ocupação na Câmara Municipal de Palmas. Em entrevista ao T1 Notícias na manhã desta quarta-feira, 20,Antônio Chadud, diretor do Sintet avaliou a atitude do prefeito como arbitrária e insana.

 

“Essa atitude dele é arbitrária, covarde insana. Todos os outros governos que já vi, os gestores conversam e negociam com os grevistas. A atitude dele é desumana porque além de tirar o ponto de várias trabalhadoras e trabalhadores, agora ele instala uma situação de caos. Sendo que até agora ele não teve a humildade de conversar e apresentar uma proposta decente”, considerou.

 

O diretor do sindicato adiantou ainda que a classe protocolou no final da tarde de terça-feira, 19, um ofício solicitando uma audiência com o prefeito. Caso o gestor não sente para conversar hoje, cinco professores darão início a uma greve de fome dentro da Câmara Municipal.

 

“Cinco professores já declararam que vão iniciar greve de fome, caso Amastha não converse com a classe. Há 3 anos que ele não paga o que é devido, o que é nosso direito. Agora ele corta o ponto. Ele quer matar os professores. Essa é a nova política que ele tanto prega”, questionou.

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