Para garantir formação profissional útil para entrada oportuna no mercado de trabalho, a Fundação Municipal da Infância e Juventude de Palmas (FJIP) e a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Sedes), em parceria com a Defensoria Pública Estadual e Secretaria de Cidadania e Justiça (Seciju), deram inicio na manhã desta quarta-feira, 28, ao Curso de Formação Básica para Garçom a educandos do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Palmas.
Os vinte alunos terão aulas teóricas e práticas, do curso de formação básica para garçom, com carga horária de 20 horas, dividido em duas turmas, matutina e vespertina. Durante as aulas os adolescentes em conflito com a lei, receberão conhecimento sobre regras de conduta, regras de postura, habilidades e regras básicas para um bom atendimento como; pontualidade, limpeza, mesas e cadeiras, reposição, conta, dentre outras.
De acordo com o Coordenador do Case, Deriêx Damasceno, a ressocialização dos internos depende principalmente do investimento em educação. “A maioria não tinham foco na vida, agora terão um curso profissionalizante e poderão sere inseridos na sociedade”, finalizou.
Segundo o representante da Estação Juventude, Jefércio Sousa, o mercado de trabalho oferece muitas oportunidades para garçons, porém exige uma boa qualificação.
“O mercado de trabalho está muito exigente, portanto, a metodologia que será empregada aqui no curso será bem propositiva de forma que os alunos entendam o trabalho básico de atendimento, como se vestir, como recepcionar e direcionar o cliente à mesa, como andar com a bandeja, como servir o prato e posicionar o talher na mesa, seja ele garçom de um barzinho ou de um restaurante de alto luxo”, disse.
O sócio educando M. S. N. estava ansioso para iniciar as aulas. Ele acredita que com o curso de garçom terá melhor oportunidade no mercado de trabalho depois que for egresso do centro socioeducativo. “Depois que eu sair daqui terei uma oportunidade de emprego e serei uma pessoa diferente”, afirmou.
O superintendente de Direitos Humanos, Claudinei Leite, disse que os cursos ofertados foram selecionados a partir de um diagnóstico feito com os próprios educandos. Ele acredita que a profissionalização dos internos ocorrerá em outras áreas também como serigrafia, auxiliar administrativo, corte de cabelo e informática.
“Nós queremos que esses adolescentes tenham acesso à cidadania e a seus direitos”, disse Claudinei, acrescentando que é uma oportunidade dos internos reavaliarem seus projetos de vida, para que possam ser inseridos no mundo do trabalho e consequentemente conquistarem sua autonomia financeira e enquanto cidadãos reconstruírem suas vidas.
A analista sócio-educadora em Psicologia do Case, Talyta Borges, disse que os internos terão novas oportunidades ao sair do centro. “Estamos dando a eles novas possibilidades na vida com a profissionalização em vários cursos”, destacou.
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